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RJ: quebra de acordos estremece relação entre PMDB e PT

Após receber a notícia do rompimento do apoio do PMDB à candidatura do deputado estadual Alessandro Molon (PT-RJ) à Prefeitura do Rio, o diretório estadual do PT deve reavaliar seu relacionamento com o governador Sérgio Cabral (PMDB). “Isso [o rompimen

A decisão do rompimento do acordo entre PT com o PMDB foi definida na quarta-feira(4), em viagem de Cabral à Grécia. Lá, o ex-secretário estadual de Esportes Eduardo Paes anunciou seu pedido de demissão do cargo e a idéia de se lançar candidato pelo PMDB à prefeitura. Na viagem, também esteve presente o prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM).



A decisão foi comunicada oficialmente ontem, após reunião do PMDB com a alegação de que o PT não conseguiria entregar as contrapartidas prometidas –prefeituras de cidades do interior. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi comunicado ontem à noite pelo governador Sérgio Cabral sobre o rompimento da aliança.



O PT, no entanto, argumenta que já havia garantido o apoio ao PMDB em 22 municípios do Rio. Segundo Cantalice, o PMDB alega que o “estopim” para a racha foi a indefinição do apoio no município de Queimados. “Ainda estávamos negociando com os líderes do partido na cidade. O PMDB não soube esperar. É um município pequeno, isso não é motivo para quebrar uma aliança como a que tínhamos”, disse.


 


Neste sábado (7), os líderes do diretório estadual do PT no Rio devem se reunir para definir os rumos da campanha petista, e repensar o apoio ao PMDB nos 22 municípios. “Fomos pegos de surpresa. Ainda mais, porque foram eles que nos procuraram primeiro [para formar a aliança]. Agora vamos decidir o que é melhor para o partido”, afirmou Cantalice.


 


Apesar da ruptura com o PMDB, o PT afirma que a candidatura de Molon está confirmada, e que buscará apoios com outros partidos a partir da segunda-feira (9). O nome do vice da chapa também deverá entrar na pauta de discussões do partido a partir da próxima semana.


 


Nesta sexta-feira (6), o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse que o motivo do rompimento foi a falta de consenso em dez municípios.


 


“Não deu certo [o acordo]. Tínhamos pedido cerca de dez cidades o apoio no interior e não fecharam nenhuma cidade com a gente. Das dez, fecharam só duas”, afirmou Pezão, que participou de cerimônia no Palácio do Planalto.


 


Com o rompimento, o secretário estadual de Esportes, Eduardo Paes, antes apontado por Cabral como seu favorito, deve ser confirmado o candidato do PMDB, mesmo a contragosto do presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Picciani (PMDB), e do grupo do ex-governador Anthony Garotinho.


 


Parte do PMDB não aceita Paes



A iniciativa de Paes de se lançar candidato surpreendeu até mesmo setores do PMDB. O nome do ex-secretário gera polêmicas e racha no partido. Além disso, o grupo contrário à sua candidatura alega que o comunicado oficial sobre a exoneração de Paes foi publicado com data de janeiro, o que é irregular. O assunto será tema de reunião na segunda-feira pela manhã. O grupo de Cabral promete agir como bombeiro e evitar controvérsias.



“Não tem confusão nenhuma. [Eduardo Paes] já é o candidato. É claro que segunda-feira a gente vai ter que votar na convenção para derrubar a aliança com o DEM [e o PP firmada no ano passado] e [Paes] vai ser consagrado nosso candidato”, afirmou Pezão. “Vamos enfrentar todo mundo, a militância está super animada. Está muito bom.”



Porém, o grupo liderado pelos deputados federais Eduardo Cunha e Nelson Burnier resistem à indicação de Paes como o candidato do PMDB à prefeitura. Eles vão defender a impugnação da candidatura de Paes.



Com informações da Folha Online