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Economia brasileira cresce 5,8% no primeiro trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, registrou expansão de 5,8% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2007. Em valores reais, o PIB alcançou R$ 665,5 bilhões. Trata-se do mai

Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que destacou o crescimento da indústria, de 1,6%, e do setor de serviços, de 1%. Por outro lado, o instituto registrou queda no setor agropecuário (-3,5%) nesse período.



A expansão, no entanto, foi menor que a registrada no quarto trimestre de 2007, quando a economia brasileira cresceu 6,2% em relação ao mesmo período de 2006 e 1,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior.



Consumo



O consumo no país continuou a liderar o crescimento do PIB, junto com os investimentos, no primeiro trimestre deste ano, crescendo 6,6% no período, o 18º crescimento consecutivo em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, segundo o IBGE. Para o órgão, o consumo das famílias foi puxado pela elevação real (descontada a inflação) dos salários e pela expansão do crédito.



Já as despesas da administração pública cresceram 5,8%, enquanto a formação bruta de capital fixo (indicativo dos investimentos feitos no país) cresceu 15,2%, expansão atribuída pelo IBGE ao aumento da produção e da importação de máquinas e equipamentos.



As exportações, que vinham crescendo desde o terceiro trimestre de 2006, registraram uma queda de 2,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. As importações também apresentaram mais uma vez elevação nesta comparação, da ordem de 18,9%.



A taxa de poupança bruta (poupança em relação ao PIB) chegou a 16,8% no primeiro trimestre de 2008, segundo o IBGE. A taxa foi menor do que a apurada no primeiro trimestre do ano passado, quando havia sido de 17,2%.



Setores



Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o setor que teve o maior crescimento foi a indústria, com taxa positiva de 6,9%, seguida pelos serviços, com expansão de 5%, e agropecuária com crescimento de 2,4%.



Segundo o IBGE, o destaque dentro da indústria foi a construção civil, que cresceu 8,8%, a maior taxa desde o segundo trimestre de 2004. Já nos serviços, o destaque foi o segmento de intermediação financeira e seguros (que inclui bancos), que cresceu 15,2%.



Já a expansão da agropecuária foi puxada pela produção de milho, arroz e soja, segundo o IBGE.



Na nova séria de contas nacionais do IBGE, cujas divulgações tiveram início no ano passado, a agropecuária tem participação de 5,6% no PIB; a indústria, de 27,7%; e os serviços, de 66,7%.



“Uma beleza”



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comemorou bastante o resultado divulgado pelo IBGE. Segundo ele, o resultado demonstra que o país está numa trajetória de crescimento sustentável e equilibrada, apesar do choque das commotidities e da crise financeira internacional. “Sem dúvida, é uma beleza de PIB”, disse.



Mantega chamou a atenção para o fato de estar sendo registrada ligeira desaceleração do crescimento, por conta da redução no consumo das famílias. A equipe econômica se preocupava com o crescimento do consumo das famílias em 8%, e agora este crescimento está desacelerando e ficou em 6,7%, segundo o IBGE. Essa ligeira desaceleração é importante, segundo o ministro, primeiro porque demonstra que as medidas econômicas estão dando resultado, como o aumento do IOF, mas, principalmente porque afasta o risco de pressão inflacionária.



Da redação, com agências