Ato contra corrupção reúne 1,6 mil professores
Cerca de 1,6 mil professores e funcionários da rede pública protestaram na tarde desta sexta-feira (13) em Porto Alegre (RS) contra a corrupção no governo de Yeda Crusius. Eles saíram em caminhada da sede do sindicato, o Cpers, que fica no Centro, e se
Publicado 15/06/2008 21:25 | Editado 04/03/2020 17:11
A presidente do Cpers, Simone Goldschmidt, relata que muitas pessoas que estavam na rua aderiram à passeata, o que mostra que o povo quer que se investigue e se faça Justiça no Rio Grande do Sul. A crise no Estado se destaca ainda mais com os cortes de investimento em áreas sociais que a governadora têm feito desde que assumiu. “O governo fez toda uma campanha de crise financeira no Estado e aí a população percebe que quando tem crise para pagar os funcionários, para investir na saúde, na educação, na segurança, não tem crise para enriquecimento ilícito e nem para fornecer sustentabilidade para campanhas eleitorais”, diz.
Os professores exigem que se investigue e puna as pessoas que estão envolvidas no escândalo do Detran. Simone também defende o impedimento da governadora Yeda Crusius, que foi citada nas gravações recolhidas pela Polícia Federal como a pessoa que poderia mediar o racha entre os dois grupos que participavam do roubo no Detran.
Policiais acompanharam a passeata, que não teve nenhum confronto ou incidente, conta Simone. “A Brigada Militar, acredito que graças à repercussão em nível nacional da ação que ela teve nos últimos tempos com o movimento social, hoje estava menos ostensivo. E ainda não tivemos nenhuma notícia de que nosso caminhão tenha sido apreendido, como em outros atos que nós realizamos”, diz.
A Educação tem sido um dos setores mais criticados no governo de Yeda Crusius. Desde que assumiu, cortou em 30% os gastos na área, aumentou o número de estudantes em salas de aula, fechou turmas e escolas afirmando terem pouca demanda e transferiu professores do Ensino Médio e das turmas especiais para cobrir a falta de professores no Ensino Fundamental. Os professores ainda reclamam do baixo aumento salarial dado no ano passado.
Agencia Chasque