Elián entra na Juventude Comunista de Cuba
Elián González foi um dos 18 mil estudantes do ensino médio que entraram neste fim de semana na União de Jovens Comunistas de Cuba (UJC), em atos simultâneos em toda a Ilha. Hoje adolescente, ele esteve no centro de uma disputa entre Cuba e Estados Unidos
Publicado 15/06/2008 13:49
A partir daí as autoridades cubanas, a pedido do pai de Elián, Juan Miguel González, exigiram seu retorno a Cuba, obtido em junho de 2000, depois de mobilizações de massas de protesto, na Ilha e em outras partes do mundo, nclusive nos EUA.
“Dizemos ao líder da revolução, Didel Castro, e ao presidente Raúl Castro que eles podem contar com esta tropa aguerrida. Seguiremos o exemplo deles e nunca os desapontaremos”, disse Elián González, citado pelo jornal da UJC, Juventud Rebelde.
“Embora isto seja um motivo de alegria, também sabemos que assumimos uma grande responsabilidade e teremos grandes tarefas a enfrentar em cada escola onde continuaremos os estudos, para nos tornarmos os homens qualificados de que a pátria necessita”, disse o jovem.
“Receber a carteira da UJC não é um estímulo qualquer, ee um compromisso de seguir com esforço e abnegação a obra que forjaram para nós o líder da independência, Antonio Maceo, e o guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara”, agregou.
Segundo Elián, uma das principais tarefas é exigir justiça para os cinco antiterroristas cubanos presos nos EUA desde 1998. Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, René González e Fernando González foram encarcerados há quase uma década, quando investigavam para seu país os planos violentos de organizações anticubanas instaladas no sul da Flórida.
“Temos em Elián um jovem do nosso tempo, exemplar e modesto, alegre e responsável, como tantos que formam a multidão juvenil de toda a Ilha”, disse Miriam Yanet Martín, a presidente da Organização de Pioneiros José Martí. “Este momento tem um simbolismo especial”, disse ainda a líder da organização que congrega os estudantes do ensino fundamental de Cuba, sobre o ingresso de 18 mil deles na UJC.
“Um povo inteiro, desde as crianças até os velhos, levantou-se pela liberdade dele, quando era um menino de seis anos seqüestrado pela máfia de Miami e reclamado por seu pai em terra cubana”, disse Miriam. Ela recordou ainda que foi daquele movimento que surgiu a Batalha de Idéias, que busca formar a toda a nova geração de cubanos.
Fonte: agência Prensa Latina (http://www.prensa-latina.cu)