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Governo indiano recua e vai analisar acordo com EUA

Representantes do governo e da Frente de Esquerda chegaram a um acordo que permitirá examinar as implicações, em relação a política exterior e a segurança nacional, que o pacto nuclear com os Estados Unidos podem acarretar, informou-se nesta quinta-feira

As duas partes analisarão especialmente as derivações que podem surgir com a aplicação da chamada Ata Hyde, incluída no projeto de acordo, segundo informou o jornal The Hindu.



Essa moção, incluída pelo congresso americano sem consultar Nova Deli quando analisou o convênio, estipula que todo programa executado pela Índia neste campo deve responder às normas de segurança nuclear nacional dos Estados Unidos.



O jornal publica nesta quinta-feira, de forma íntegra, a ata da reunião sustentada ontem pelo Comitê da Aliança Unida pelo Progresso (UPA) e a Frente de Esquerda (LF).



A pedido do LF, o painel decidiu também examinar o impacto dessa provisão e do chamado Acordo 123 sobre o convênio de garantias de segurança da Índia com a Agencia Internacional de Energia Atômica (AIEA).



Para isso serão solicitadas conversas com a Secretaria da AIEA para elaborar o texto do acordo para as garantias específicas da Índia.



O governo aceitou proceder com essas tratativas e o resultado será apresentado ao Comitê para sua consideração, antes de finalizar sua análise.



Devido ao combinado pelos representantes da UPA e o LF, as conclusões do painel deverão ser levadas em conta antes de proceder com o acordo nuclear com os Estados Unidos, indicaram porta-vozes da esquerda a The Hindu.



Ainda que as partes não precisaram quando será a próxima reunião, fontes próximas às mesmas disseram à televisão que será no dia 29.



O premiê Manmohan Singh vem insistindo em ter o acordo em mãos para quando viajar ao Japão, para a Cúpula do G-8, na primeira semana de julho.



O jornal assinala que o empenho de Singh em selar o acordo, por um lado, e a advertência dos aliados dentro da UPA de não convocar eleições antecipadas, pelo outro, indicam que “a decisão final dependerá então do Partido do Congresso”.