Sindjorce conquista novos apoios à campanha do diploma

Representantes do Executivo, Legislativo e dos movimentos sociais declararam apoio à regulamentação profissional dos jornalistas

Nomes de peso da sociedade cearense estão declarando apoio irrestrito à obrigatoridedade do curso de nível superior para o exercício da profissão de jornalista no Brasil.


 


Entre os apoios conquistados estão os da prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT), da senadora Patrícia Saboya (PDT), do líder do governador Cid Gomes na Assembléia Legislativa, deputado Nelson Martins (PT), do secretário de Cultura do Estado, Auto Filho, dos deputados federais Eudes Xavier (PT) e Chico Lopes (PCdoB), dos presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT-CE), Francisco Jerônimo da Nascimento, da Associação Cearense de Imprensa, Ivonete Maia, da Associação dos Ouvintes de Rádio, Luis Fernando Evangelista, dos sindicatos dos Docentes da UFC, Estevão Arcanjo, dos Gráficos, Rogério Andrade, e dos Engenheiros, Theresa Neumann, entre outros.



O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) intensificou a campanha para coletar assinaturas em defesa da regulamentação da profissão. A prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT), que é jornalista e professora universitária, subscreveu o abaixo-assinado pela manutenção da obrigatoriedade de curso superior específico em Jornalismo para o exercício da profissão na última sexta-feira, dia 18 de julho. Na mesma data, a senadora Patrícia Saboya (PDT-CE) também declarou apoio à causa assinando o documento que está sendo apresentado pelo Sindjorce à sociedade cearense.


 


Os deputados federais Chico Lopes (PCdoB) e Eudes Xavier (PT), o líder e o vice-líder do governador Cid Gomes (PSB) na Assembléia Legislativa, respectivamente, deputados Nelson Martins (PT) e Roberto Cláudio (PHS), também subscreveram o manifesto “Em defesa do Jornalismo, da Sociedade e da Democracia no Brasil”, assinado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e os 31 sindicatos de jornalistas brasileiros.


 


O documento também foi subscrito pelos líderes do PCdoB, Lula Morais, do PR, Adahil Barreto, do PV, Augustinho Moreira, além dos deputados estaduais Carlomano Marques (PMDB) e professor Teodoro Soares (PSDB).


 


A causa já recebeu o apoio do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região, desembargador federal José Antônio Parente da Silva, e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE).


 


O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-CE), Francisco Jerônimo do Nascimento, o diretor-presidente do Sistema Nacional de Emprego/Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (SINE/IDT), Francisco de Assis Diniz, e o presidente do Sindicato dos Gráficos, José Rogério de Andrade Silva, também declararam que são favoráveis à obrigatoriedade de curso superior para a profissão de jornalista.


 


O abaixo-assinado em defesa do diploma recebeu ainda as assinaturas do secretário de Cultura do Estado, Francisco Auto Filho, da presidente da Associação Cearense de Imprensa (ACI), Ivonete Maia, do procurador-geral do município, Martônio Mont’Alverne, do titular da Secretaria Extraordinária do Centro de Fortaleza, José Nunes Passos, da presidente do Sindicato dos Engenheiros do Ceará, Theresa Neumann, do presidente da Associação de Docentes da Universidade Federal do Ceará (Adufc), Estevão Arcanjo, do presidente da Associação de Ouvintes de Rádio do Ceará (Aouvir), Luís Fernando Evangelista, e da professora Adísia Sá, fundadora do curso de Comunicação Social da UFC.


 


O Sindjorce pretende reunir a maior quantidade possível apoios, moções e assinaturas para o abaixo assinado até o julgamento do recurso extraordinário do Ministério Público Federal que questiona a regulamentação profissional dos jornalistas. A matéria, que já está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser julgada a qualquer momento. O relator é o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes.


 


Qualquer cidadão pode encaminhar sua manifestação de apoio ao diploma. Para isso, um novo espaço foi criado no site da Fenaj (www.fenaj.org.br). Basta clicar em “eu apóio a regulamentação” para deixar mensagem ou apenas para incluir o nome como apoiador no abaixo-assinado.


 


Outra forma de colaborar com a campanha é enviar e-mails para os ministros do STF. Veja abaixo a sugestão de texto e os e-mails dos ministros do STF:


 


TEXTO-SUGESTÃO


 


À Sua Excelência Sr(a)


 


Ministro(a) do STF


A exigência do diploma de Curso Superior em Jornalismo para o exercício independente e ético da profissão de jornalista é uma conquista histórica não só desta corporação, mas de toda a população brasileira. A luta pela criação de Escolas de Jornalismo começou no início do século passado. O primeiro Curso foi implantado 40 anos atrás e a profissão, regulamentada há 70 anos, desde 1969 exige a formação superior na sua legislação. Este requisito representou um avanço para a imprensa do país ao democratizar o acesso à profissão, antes condicionado por relações pessoais e interesses outros que não o de atender o direito da sociedade de ser bem informada.


 


Setores sem compromisso com a construção de um jornalismo responsável e realmente cumpridor de sua função social vêm questionando este fundamental instrumento para a seriedade, democracia e liberdade na imprensa. Confio que o(a) Excelentíssimo Ministro(a) votará com este entendimento no (RE) 511961, em favor de uma categoria profissional com papel tão relevante e em defesa da sociedade brasileira.


 


O diploma em Jornalismo, bem ao contrário de ameaçar a liberdade de expressão, é uma das garantias que conferem à mídia brasileira qualidade e compromisso com a informação livre e plural.