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Israel insiste em aumentar assentamentos em áreas palestinas

Israel desconsiderou novamente nesta terça-feira (26) as pressões públicas dos Estados Unidos para que paralise a expansão de assentamentos israelenses em territórios palestinos, ao mesmo tempo que voltou a bloquear as passagens fronteiriças com a Faix

Em coletiva de imprensa conjunta com a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, a chanceler israelense, Tzipi Livni, não deu ouvidos ao pedido para que seja paralisada a construção de colônias na parte oriental de Jerusalém e em outras áreas da Cisjordânia.



Livni desvinculou a falta de progresso no processo de paz com os palestinos da colonização sionista, embora os dirigentes da Autoridade Nacional Palestina (ANP) consideram a ampliação dos assentamentos contrária ao espírito das negociações.



A ministra asseverou que “a política do governo israelense não é aumentar as colônias, construir novas ou confiscar terras palestinas”, apesar que dados difundidos nesta terça-feira pelo grupo humanitário Peace Now (Paz Agora) evidenciam o contrário.



Segundo essa organização, mais de 2,6 mil unidades habitacionais para israelenses estão em construção nos assentamentos da Cisjordânia, zona ocupada por Telavive, e essa cifra inclui mais de mil novos edifícios que foram erguidos na parte oriental de Jerusalém.



Condoleezza, que realiza sua sétima visita ao Oriente Médio desde novembro de 2007, admitiu perante os jornalistas a existência de discrepâncias entre Washington e Telavive a respeito das colônias erigidas na Cisjordânia.



“Não é um segredo. afirmei a meus interlocutores israelenses que não creio que a colonização ajude o processo (…) o que precisamos agora são medidas que reforcem a confiança entre as partes e tudo aquilo que possa solapar essa confiança, deve ser evitado”, declarou.


 


A diplomata americana se reuniu com o primeiro-ministro Ehud Olmert, o ministro da Defesa, Ehud Barak, e viajou a Ramalá para dialogar com o presidente da ANP, Mahmud Abbas.


 


De acordo com os jornais Haaretz e Yediot Aharonot, Condoleezza e Olmert incluiram em suas conversas o tema do Irã e as ações empreendidas por Telavive para tratar de obter a libertação do soldado Gilad Shalit, prisioneiro do movimento islâmico palestino Hamas desde 2006.


 


De fato, o segundo dia de visita da secretária americana coincidiu com o anúncio de que Israel voltou a fechar as passagens comerciais limítrofes com Gaza, enclave governado pelo Hamas desde que o grupo retirou do poder seu rival, a al-Fatá, em junho de 2007.



A decisão, segundo fontes israelenses, foi tomada pelo ministro de Defesa, depois que um foguete de fabricação caseira, lançado desde a Faixa de Gaza, atingiu a região de Shaar Hanegev, no deserto de Neguev.



O ataque não causou vítimas nem danos materiais, mas para os israelenses significou uma violação da trégua assinada em junho passado com o Hamas, com a mediação do Egito e que Telavive também não cumpre ao manter o férreo bloqueio comercial contra Gaza.