Para Amorim, prisão de governador não acirra crise na Bolívia
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta terça-feira (16) que a prisão do governador de Pando, um dos departamentos rebeldes ao governo de Evo Morales, na Bolívia, não acirra a crise no país. Ele disse que a acusação contra Leopoldo
Publicado 16/09/2008 18:02
“Acabei de saber, teve um mandado de prisão e uma acusação pelo que sei do fiscal general, um tipo de procurador-geral. É uma acusação muito séria de genocídio e não vou me pronunciar sobre assunto que interno da Bolívia, mas entendo que os tramites legais e jurídicos estão sendo seguidos corretamente e vamos acompanhar”, salientou.
Questionado se isso não contribuía para o agravemento do embate entre os movimentos separatistas e o governo de Morales, Amorim disse: “não, acho que não”.
Ele relatou que durante o encontro da Unasul (União das Nações Sul-americanas) Morales apresentou um vídeo aos demais presidentes com imagens dos embates de rua, inclusive em Pando, declarações dos líderes oposicionistas contra seu governo e pessoas mortas pelos conflitos. “Olhando isoladamente impressiona, mas no conjunto nem tanto”, salientou.
O ministro ressaltou a necessidade de respeito às leis e à democracia na Bolívia. “Tem que haver respeito à lei, à democracia e disposição para o diálogo, mas tem que ser nessa ordem. Sem respeito à lei fica muito difícil ter diálogo. Se você respeitar a lei, respeitar a democracia, entendendo que não se pode mudar a vontade do povo através de ações violentas, então acho que depois os bolivianos terão que dialogar e chegar às suas decisões”, disse.
Da redação, com agências