Prefeitura de Fortaleza inaugura Oca de Saúde Comunitária

A Prefeitura de Fortaleza, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), inaugura nesta quarta-feira, dia 3 de dezembro, às 15h, com a presença do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a terceira oca de saúde comunitária do município de Fortaleza, no Complexo de Saúde Comunitária São Cristóvão. Além da Oca, o complexo dispõe do Centro de Saúde da Família Melo Jaborandi, de uma Tenda de Terapia Comunitária e de uma Farmácia Viva, localizados no Conjunto São Cristóvão (Rua 315, nº 80).

Na Oca, moradores do São Cristóvão e comunidades adjacentes contarão com serviços de massoterapia, grupos de resgate de auto-estima, terapias comunitárias, spa de massagem anti-estresse com argila e banho ofurô. Qualquer pessoa poderá participar gratuitamente das atividades realizadas na Oca, de segunda à sexta-feira, nos turnos manhã e tarde.

Terapia Comunitária

A Terapia Comunitária e suas ações complementares foram adotadas como política pública em Fortaleza com a gestão Luizianne Lins, vinculando-se ao SUS através do Programa Saúde da Família e da Rede Assistencial de Saúde Mental. A meta da Prefeitura é construir uma oca de saúde comunitária na área de cada secretaria executiva regional. O trabalho foi iniciado em 2006, com a inauguração de outras duas ocas, uma no Pirambu e outra na Granja Portugal.

Fortaleza é hoje referência nacional no que diz respeito à Terapia Comunitária, o que contribuiu para a decisão do Ministério da Saúde em implantar a prática como política pública do SUS em todo o país. Este ano, estão sendo treinados, junto ao Programa Saúde da Família (PSF), 1.050 terapeutas comunitários. Existem atualmente 36 pólos formadores em todo o país, incluindo universidades, ONGs e a Fiocruz, do Rio de Janeiro.

O trabalho de terapia comunitária é desenvolvido no Projeto Quatro Varas desde 1986, pelo psiquiatra Adalberto Barreto, em parceria com o Departamento de Saúde Comunitária e Pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC). O treinamento dos terapeutas comunitários – que são selecionados dentre os próprios membros da comunidade – é realizado através de curso de extensão da UFC. Hoje, Fortaleza conta com cerca de 400 profissionais treinados pela Prefeitura e pela Universidade para atuar na terapia comunitária e suas práticas complementares. São 60 massoterapeutas e 320 terapeutas comunitários que contribuem para a prevenção de agravos e para a promoção da saúde nas comunidades.

A proximidade das ocas com a unidade de saúde é estratégica. Enquanto a medicina tradicional trabalha com a patologia, a doença, a medicina popular trabalha com o acolhimento e o sofrimento das pessoas. Os encaminhamentos dos pacientes e, em alguns casos, de seus familiares, são realizados pelos profissionais da rede municipal de saúde.

SAIBA MAIS – Um dos grandes problemas de saúde pública da atualidade, sobretudo nos grandes centros urbanos, é o sofrimento produzido pelo estresse cotidiano. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que o estresse prolongado acarreta hipertensão, diabetes e doenças do coração. Tais patologias acarretam grandes custos aos serviços de saúde, sobrecarregam o sistema e podem incapacitar a pessoa para o trabalho e para a vida. As ocas de saúde têm se revelado espaços importantes para o acolhimento desses sofrimentos.

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Secretaria Nacional Anti-Drogas e Projeto Quatro Varas sobre o impacto da Terapia Comunitária apontou que 88,5% dos problemas relatados (estresse, uso de drogas, depressão) são solucionados com a terapia comunitária. Em apenas 11,5% há real necessidade de encaminhamento para os serviços especializados. Para a pesquisa, foram aplicados 12 mil questionários em 12 estados do Brasil.

Fonte: Prefeitura de Fortaleza