Vigilantes de Vitória entram em greve e fecham os bancos

Portas fechadas e cartazes indicando greve dos vigilantes do Estado do ES. Esse foi o cenário deste início da semana em diversas agências bancárias da Grande Vitória no ES. A paralisação da categoria foi deflagrada nesta segunda-feira (12). Os trabalhador

De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes (Sindiseg), Francisco Alvarenga, cerca de oito mil trabalhadores devem aderir ao movimento e, além da Grande Vitória, a greve deve atingir os municípios de Aracruz, Guarapari e Alegre. ''Nós vamos fazer vários grupos de manifestantes em diversos municípios para convencer os companheiros, que ainda estão trabalhando, a se juntarem a nós. Nossa meta é paralisar todos as agências bancárias do Estado''.


 


O presidente ressaltou que os caixas eletrônicos estão liberados para a população, mas caso o dinheiro acabe, não terá como fazer a reposição, pois não há segurança para realizar esse trabalho. A assessoria da Polícia Militar informou que o Banco do Brasil e o Banestes pediram reforço ao órgão para as agências centrais e para o Centro de Processamento de Dados (CPD). As demais agências serão monitoradas por viaturas para que a população tenha acesso aos caixas.


 


Dois carros foram utilizados para chamar a atenção no centro de Vitória e manifestar. O movimento contou também com a presença de manifestantes de Vila Velha e Cariacica, que chegaram ao local de ônibus.


 


Passeata


 


Os manifestantes seguiram em passeata pelas principais ruas e avenidas do Centro de Vitória. A manifestação teve início na Jerônimo Monteiro e seguiu para o Parque Moscoso. Posteriormente os vigilantes continuaram a caminhada pela Avenida Beira Mar. Toda a manifestação foi acompanhada pela Polícia Militar e pelos guardas municipais de trânsito. Há grupos de manifestantes também em Vila Velha e em Cariacica.


 


A greve é por tempo indeterminado e o presidente do Sindiseg disse que enquanto as empresas não fizerem uma nova proposta, eles não voltarão ao trabalho. As empresas oferecem 8% de reajuste salarial, vale refeição de R$ 8,10 e reajuste da hora extra de 50 para 60%. Não houve oferta de aumento do valor pago a título de periculosidade que segundo o Sindicato Patronal (Sindesp) tem valor determinado por lei.


 


Bancos


 


O presidente da Associação dos Representantes de Bancos do Estado (Arbes), Jorge Eloy, informou que as agências que tiverem condições de segurança devem abrir normalmente, os bancos não abrirão caso haja riscos para clientes e empregados. Caso isso aconteça, as pessoas são orientadas a procurarem os caixas eletrônicos ou os canais alternativos de atendimento como lotéricas, correspondentes bancários, correios e outros.


 


O presidente da Arbes ressaltou que cabe a cada gestor definir se há ou não condições de funcionamento mediante a política de segurança bancária de cada instituição financeira. A paralisação continua até que as empresas de segurança entrem em acordo com a categoria.


 


Fonte: Gazeta On-line.