Caminhada contra intolerância religiosa em Salvador
Pelo segundo ano consecutivo, os representantes das religiões de matrizes africanas saem na frente e convocam as demais congregações religiosas para um ato ecumênico pela paz e contra a intolerância religiosa. Os terreiros de Salvador estão organizando um
Publicado 14/01/2009 19:26 | Editado 04/03/2020 16:21
A data tornou-se um marco pelo respeito à liberdade de culto no Brasil, após a morte da Yalorixá do Terreiro Abassá de Ogum, Mãe Gilda, em Salvador, vítima de atos de intolerância em 2000. A yalorixá morreu depois que sua foto foi publicada em uma matéria de capa do jornal Folha Universal da Igreja Universal do Reino de Deus, que acusava o candomblé de charlatanismo. Em seguida o terreiro foi invadido duas vezes por evangélicos.
Em 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei, proposta pelo deputado federal Daniel Almeida, que instituiu a data como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A iniciativa do deputado Daniel, seguiu o exemplo da vereadora Olívia Santana, que garantiu a mesma homenagem no município de Salvador.
A II Caminhada contra a Intolerância Religiosa e pela Paz, será o ponto alto das comemorações, mas a data será marcada ainda pelo lançamento da Cartilha de Preservação Ambiental, da Fundação Pedro Calmon e da tradicional Feijoada de Ogum, promovida pelo Terreiro Abassá, logo após a caminhada.
O deputado Daniel, garantiu o apoio e participação no evento, ao mesmo tempo em que assumiu o compromisso de articular durante este ano, junto ao governo federal, a captação antecipada de recursos para organização do evento em 2010.
Para dar continuidade à organização da caminhada, haverá uma reunião ampla, com todos os parceiros nesta sexta-feira (16/01), às 18h, no Cepaia (Largo do Carmo, Centro Histórico de Salvador).
Fonte:Ascom/gabinete do deputado federal Daniel Almeida