Trabalhadores podem entrar em greve se CSN demitir 900

A possibilidade de 900 demissões na CSN pode dar início a mais uma greve dos trabalhadores da Companhia. Segundo afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Renato Soares, durante uma coletiva de imprensa, na sede da entidade, em

Soares contou que recebeu essa informação, mas salientou que é difícil saber ao certo o que pode acontecer. “A CSN não é transparente nem com a imprensa, quando ligam para saber de informações, nem com o sindicato. Sempre declaram que não vão se pronunciar. O sindicato nunca fica sabendo das decisões”, criticou o sindicalista, lembrando que não ficou sabendo com antecedência das demissões da empresa que ocorreram em dezembro. “Tivemos noção das demissões apenas pelas homologações que foram feitas na entidade e informações da quantidade que foi realizada na empresa. Mas não recebemos nenhuma informação da CSN”, disse.



Sobre as demissões de dezembro, giraram em torno de 300, sendo 188 homologações feitas no sindicato, e as outras, por volta de 122, de trabalhadores com menos de um ano de casa, realizadas na Delegacia Regional do Trabalho (DRT). Algumas homologações dessas demissões, segundo Soares, ainda estão sendo feitas.



Quando soube da possibilidade das 900 demissões, o presidente da entidade informou que, como primeiro passo, entrou em contato com o prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto (PMDB); com o ministro do Trabalho, Carlos Luppi; com a deputada estadual Inês Pandeló (PT); o também deputado Nelson Gonçalves (PMDB); além de assessores do deputado federal Deley de Oliveira (PSC); para pedir ajuda nessa questão. Além disso, o sindicato já procurou o Ministério Público do Trabalho para denunciar a ilegalidade dessas demissões.



Soares enfatizou que a intenção é tentar, de todas as formas, a negociação com a empresa, mas mencionou que caso isso não ocorra, o movimento grevista não está descartado. “Nunca descartamos a greve. É a arma legal do trabalhador, mas vamos tentar todas as formas antes de chegar a essa situação”, avaliou.



Informações do A Voz da Cidade