Salvador celebra dia da visibilidade dos travestis

Atividades culturais e protestos marcaram o Dia Nacional da Visibilidade de Travestis em Salvador. Durante todo dia de quinta-feira (29/1) centenas de pessoas, entre as quais representantes dos movimentos gays, bissexuais, lésbicas e travestis, foram à Pr

Aproveitando a movimentação e o colorido da cidade nesta época do ano, foram realizadas manifestações e atividades para chamar à atenção de baianos e turistas que circulavam pelo Centro Histórico de Salvador. Uma lona foi estendida em frente ao Elevador Lacerda para que transeuntes se manifestem escrevendo mensagens sobre as travestis em sua cidade.  O pátio da Prefeitura recebeu as exposições de fotografias “TRANS Registros de um redesenho mútuo”, de Carol Barreto, e “Sou Glamour”, da austríaca Marianne Greber. As duas mostras trazem fotos de travestis da Associação dos Travestis de Salvador (ATRAS).


 


Instituído em 2004 pela Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), em parceria com a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), o Dia Nacional da Visibilidade de Travestis tem o objetivo de lembrar a luta desta comunidade pela garantia de direitos e respeito em todo o país. Eles reivindicam, por exemplo, o fim da transfobia e o respeito à livre escolha do nome social feminino dos transexuais. “Queremos dizer à sociedade que as transexuais também existem e que, como qualquer ser humano, merecem respeito, já que as pessoas simplesmente não as veem“, declarou Keila Simpson, presidente da Antra.


 


A data começou a ser comemorada em 29 de janeiro de 2004, quando 27 trans foram ao Congresso Nacional, em Brasília, para lançar a Campanha Nacional “Travesti e Respeito já está na hora dos dois serem vistos juntos: em casa, na boate, na escola, no trabalho, na vida”. A partir daí, as 52 organizações afiliadas da Antra saem às ruas para reivindicar, comemorar e cobrar.


 


Em 2009, a Antra inicia campanha nacional em prol da criação de portarias que aceitem a adoção dos nomes sociais de travestis e transexuais no âmbito e convívio escolar, iniciativa já adotada pioneiramente pelo estado do Pará. As Associações nacionais, em conjunto com as regionais, já encaminharam ao Conselho Estadual de Educação ofício requerendo esta ação, com base em deliberações definidas na última Conferência Nacional LGBT, realizada em junho de 2008.


 


 


De Salvador,


Eliane Costa com Agências