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Senadora lidera e Brasil ajuda resgate de presos das Farc

Yves Heller, porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), informou neste sábado (31) que está tudo pronto para a libertação humanitária de seis prisioneiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). A operação, coordenada pela s

O Brasil enviou para a Colômbia os dois helicópteros, com capacidade total para 50 pessoas, e 16 militares do Exército. Os helicópteros partiram na sexta-feira de São Miguel da Cachoeira, identificados com o emblema da Cruz Vermelha e desarmados. Apenas os militares levam pistolas, em coldres.

A equipe brasileira é composta por quatro pilotos, quatro mecânicos, dois técnicos em comunicação, quatro especialistas em manutenção, um coordenador aeronáutico e um técnico em oxigênio, que pode ser acionado caso o helicóptero tenha de voar acima de 10 mil pés – se for confirmado o resgate em região montanhosa. O helicóptero que será usado no resgate levará apenas cinco militares. A segunda aeronave será mantida com o restante do grupo em solo, como reserva, em um local ainda não divulgado.

Piedad: ''A paz já começou''

Yves Heller explicou que os prisioneiros serão libertados em pontos não revelados de uma ampla área do departamento colombiano de Caquetá – região de selvas e montanhas. ''Há uma preparação logística (fornecida pelo Brasil) e a comissão sai hoje (sexta-feira) do Brasil para um ponto X, onde se produzirá a entrega dos detidos. Dali eles sairão para Villavicencio'', informou o representante da Cruz Vermelha.

A senadora Piedad Córdoba, que coordena a operação, disse que a libertação de seis prisioneiros das Farc será ''um passo'' para o fim do conflito que ensanguenta seu país há mais de quatro décadas. ''Se o fizermos bem, começaremos a derrotar a guerra'', disse ela, para um fórum de militantes femininas em Bogotá, antes de partir para o Brasil.

''Nós, mulheres, temos que jogar o papel que nos corresponde, que é o da paz, porque a paz já começou'', disse ainda Piedad. Opositora do presidente Álvaro Uribe e pertencente ao Partido Liberal, Piedad participou em 2007 de outra tentativa de resgate, frustrada porque o governo colombiano a cancelou.

Desta vez há sinais de que o governo Uribe cumprirá sua parte na operação, que consiste em suspender as operações de guerra do seu exército em Caquetá. A suspensão deve durar apenas 36 horas, mas os participantes da comitiva libertadora avaliam que o prazo é suficiente.

Da redação, com agências