Índios ganham escolas com ensino diferenciado no Ceará

Um total de seis novas escolas vai atender mais de dois mil alunos em Maracanaú, Pacatuba, Aquiraz, Monsenhor Tabosa, Crateús e Ipaporanga. Cinco delas são indígenas e beneficiarão as etnias Pitaguary, Jenipapo Kanindé, Potiguara, Tabajara, Gavião, Tubiba Tapuia, Kalabaça e Kariri. A sexta escola será uma unidade rural. Denominada Escola de Ensino Médio Maria Vieira de Pinho, receberá os estudantes que saíram do Ensino Fundamental e continuarão os estudos no município de Ipaporanga. Construídas com investimentos do tesouro estadual, no valor de R$ 3,2 milhões, as unidades de ensino estão sendo entregues desde ontem e até amanhã.

A iniciativa do Governo do Estado objetiva expandir o atendimento à população indígena, de modo a beneficiar a todas as etnias presentes em território cearense. A implementação de políticas inclusivas nessa área prevê, entre outras estratégias, assegurar a autonomia pedagógica e financeira das escolas indígenas com unidades patrimoniais e específicas. As obras foram acompanhadas pela Secretaria de Infra-Estrutura do Estado, por meio do Departamento de Edificações e Rodovias (DER).

Ontem, foi entregue a Escola Diferenciada de Ensino Fundamental e Médio (EDEFM) Chuí, para o atendimento dos Pitaguary, que vivem em Maracanaú. A comunidade de Pacatuba, que também é terra dos Pitaguary, recebeu a Escola Diferenciada de Ensino Fundamental e Médio Ita-Ara. Em Aquiraz, foi a vez do povo Jenipapo Kanindé ganhar sua Escola Diferenciada de Ensino Fundamental e Médio.

Amanhã, a programação começa às 8h30, em Monsenhor Tabosa, com a inauguração da Escola Diferenciada de Ensino Fundamental e Médio Povo Caceteiro, que atenderá alunos das etnias Potiguara, Tabajara, Gavião e Tubiba Tapuia. Às 11 horas, em Ipaporanga, os moradores receberão a Escola de Ensino Médio Maria Vieira de Pinho. Para encerrar, às 15 horas, em Crateús, haverá a entrega da Escola Diferenciada de Ensino Fundamental e Médio Raízes Indígenas, responsável pela educação dos povos Potiguara, Kalabaça e Kariri.

O projeto arquitetônico das escolas respeita as especificidades da cultura e da história dos índios cearenses. Têm áreas para a prática de danças típicas, como o Toré. As unidades contam com quatro salas de aula, laboratórios de Informática e dependências administrativas. Como em escolas indígenas só atuam profissionais das próprias comunidades, as aulas serão ministradas por professores formados pela Secretaria da Educação do Ceará (Seduc).