Obras do PAC levam ministros à Bahia

O governador assinou o termo de autorização dos processos administrativos para implantação da Via Expressa, que deve começar dentro de 30 dias e tem previsão de conclusão para 2010. O projeto envolve recursos de R$ 380 milhões, dos quais R$ 340 milhões são oriundos do PAC, do governo federal, e R$ 40 milhões de contrapartida do Estado. O objetivo da via é integrar a BR-324 ao Porto de Salvador, facilitando o acesso dos transportes de carga ao porto, que é um dos principais portões de escoamento da produção baiana. “A Via Expressa é a maior intervenção urbana dos últimos 30 anos em Salvador e com ela estamos preparando a Bahia para um novo ciclo de desenvolvimento econômico, mexendo em sua infraestrutura logística e social”, ressaltou Jaques Wagner.

Na solenidade, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, assinou também a autorização para a recuperação de 3,5 mil quilômetros de trechos rodoviários, por meio do Programa de Conservação, Restauração e Manutenção de Rodovias (Crema). O investimento total é de R$ 630 milhões, com recursos do PAC. Serão contempladas as principais rodovias federais no estado, como as BRs-020 e BR- 242, importantes vias de ligação das regiões Norte e Centro-Oeste do país com o Nordeste. Também serão revitalizadas a BR-101 e BR-116, vias de integração Norte-Sul do país, e as BRs 030, 110,324,330,367,407,410,418,420 e 498, que interligam as principais regiões do estado.

O ato também contou com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que permanece em Salvador até este sábado (7/3), quando visita o canteiro de obras de habitação do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), em Lagoa Grande (Feira de Santana) e sobrevoa de helicóptero os locais da Baía de Todos os Santos que serão beneficiados com obras de saneamento e despoluição.

Silêncio sobre 2010

Em sua visita à Salvador, a ministra Dilma Rousseff procurou restringir suas falas à exposição sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), fugindo sempre das perguntas sobre a sucessão presidencial de 2010. “No último balanço do PAC eu dei uma resposta e vou repetir aqui. Eu não falo deste assunto nem amarrada”, afirmou Dilma ao ser questionada por jornalistas sobre a possibilidade de ser candidata à presidente da República em 2010.

A ministra se recusou a comentar ainda a possibilidade de ter o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, como candidato a vice. “Eu não vou trabalhar com hipótese, pois eu nem sei vice de quem você está falando. Eu não trabalho com especulações”, respondeu.

Apesar o silencio da ministra, a possibilidade de sua candidatura foi lembrada pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e principalmente pelo governado Jaques Wagner. Em seu pronunciamento durante o debate Mulheres, Política e Espaços de Poder, no Hotel da Bahia, o governador elogiou o desempenho de Dilma como ministra e fez questão de frisar: “Eu aprendi a admirar o seu trabalho e se o futuro lhe trouxer outra missões (que não vem ao caso falar aqui). Você com certeza vai desempenhar com a mesma competência e seriedade “, declarou o governador.

Foi ao final do encontro com as mulheres que Dilma recebeu a maior demonstração de apoio à sua possível candidatura. Depois de uma breve explanação sobre a situação das mulheres na sociedade brasileira, a maioria das participantes da palestra cantaram em coro o nome da ministra, seguido de palavras de ordem como: Brasil urgente, Dilma presidente, refrão repetido diversas vezes.

De Salvador,

Eliane Costa