Trabalhadores da construção civil estão em greve na Bahia
Sem acordo com os patrões, os operários da construção civil entraram em greve nesta quinta-feira (12/3) em toda a Bahia. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria na Construção e da Madeira do Estado (Sintracom), o movimento paralisou cante
Publicado 12/03/2009 19:11 | Editado 04/03/2020 16:20
A construção civil emprega mais de 100 mil trabalhadores em todo o estado, sendo 40 mil em Salvador e Região Metropolitana. Mobilizada, a categoria fez uma caminhada pelas ruas do Centro da capital, na manhã desta terça-feira, fazendo um protesto em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Durante a manhã, houve manifestações também nos principais canteiros de obras da cidade.
Os trabalhadores da construção civil reivindicam reajuste unificado de 13% para todo o estado, com piso salarial de R$ 494,94 para ajudante comum, de R$531,10 para ajudante prático e R$ 866,37 para operário qualificado, além de cesta básica no valor de R$ 115,00 e o fim do contrato de experiência, dentre outros benefícios. O patronato oferece aumento de 10% para servente, 8% para servente prático e 6% para os demais trabalhadores.
Segundo o diretor do Sintracom Florisvaldo Bispo, a intransigência dos patrões levou à greve da categoria. “O reajuste oferecido pelo patronato não atende às nossas necessidades. O nosso piso salarial era de um salário mínimo e meio, mas devido à desvalorização dos últimos tempos, hoje não chega nem perto disto. Se as coisas continuarem assim, logo estaremos recebendo só um salário mínimo”, explicou. Florisvaldo ressaltou também a importância da adesão dos operários. “Nós estamos muito satisfeitos com a paralisação da maioria das obras. Os trabalhadores finalmente perceberam que a única forma de pressionar o patrão é cruzando os braços”, concluiu.
De Salvador,
Eliane Costa