Conlutas vence com 69% eleições dos metalúrgicos de São José
A Chapa 1 venceu com 69,08% dos votos válidos (7.126 votos) a disputa para a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (13). Com o resultado matem a condução da Conlutas à frente do s
Publicado 13/03/2009 16:48
Na GM, maior colégio eleitoral, a Chapa 1 ganhou com 63,25% dos votos (3.323). A Chapa 2 obteve 31,98% (1.680) e a Chapa 3 contou com 4,78% (251 votos). A fábrica da GM foi palco de uma das maiores disputas durante a atual gestão, com a luta contra o Banco de Horas, liderada pela atual diretoria e integrantes da Chapa 1.
Segundo um dos integrantes da Comissão Eleitoral, Ivan Trevisan, o processo eleitoral iniciado no ano passado foi marcado pela transparência, lisura e igualdade entre as chapas. “As três concorrentes participaram de todo o processo de forma democrática”, disse.
Vivaldo Moreira, trabalhador da GM e encabeçador da Chapa 1 como presidente, falou ao final da eleição e iniciou lembrando que apesar de todos os ataques da patronal feitos à categoria no último período, os trabalhadores souberam dar a sua resposta.
“Os metalúrgicos querem o seu sindicato no caminho da luta e da defesa dos empregos, salários e direitos. Ficou demonstrado que os trabalhadores querem a continuidade de um sindicato combativo e classista”, disse.
Crise econômica
Vivaldo também lembrou que a eleição foi marcada por uma conjuntura diferente, em razão da crise econômica. “Mas durante a eleição não abandonamos a luta. Ao contrário, priorizamos a luta em defesa dos trabalhadores. Esse compromisso continua”, concluiu.
A Chapa 1 disse que vai manter o sindicato no caminho da luta contra as demissões, em defesa da estabilidade no emprego, pela redução da jornada sem redução salarial, em defesa dos salários e direitos, pela reestatização da Embraer, entre outras reivindicações a favor dos trabalhadores.
Em seguida a apuração das eleições, uma caravana saiu do sindicato em direção à Campinas para participar da audiência de conciliação no TRT, que discutirá as 4.200 demissões feitas pela Embraer. O atual presidente do Sindicato, Adilson dos Santos, o Índio, e o secretário-geral, Luiz Carlos Prates, o Mancha, sairam mais cedo da apuração para ir junto com o ônibus que levou os trabalhadores ao TRT. O sindicato luta pela readmissão de todos os demitidos e a redução da jornada sem redução de salários, entre outras reivindicações.