SEARA e INCRA discutem violência no campo com o MST

Dia 6 de março, o secretário de Estado de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária, Canindé de França, e o Superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Paulo Sidney, estiveram reunidos com a coordenação estadual do Moviment

A coordenação do Movimento informou que os trabalhadores e trabalhadoras rurais sem-terra tem sido vítimas de ataques estimulados pelo processo de criminalização que os movimentos sociais e sindicais vem sofrendo dos setores que atuam no sentido contrário à consolidação de uma sociedade livre, organizada e democrática.


 


“Há uma ofensiva nacional da Grande Imprensa e de alguns setores da sociedade de criminalizar o movimento. Aqui no Estado, os municípios de Nova Cruz, Ceará-Mirim e Mossoró já estão sofrendo com estas ações. Mas, estamos realizando reuniões com amigos, governos, sindicalistas, partidos e imprensa para reforçar a divulgação e denúncia pública destas ações”, afirmou a coordenadora estadual do MST, Fátima Ribeiro.


 


Ao reconhecer a necessidade da Reforma Agrária, a sua importância para geração de emprego, renda e oportunidades, o secretário da SEARA, Canindé de França, reafirmou o compromisso da secretaria com os movimentos sociais e sindicais.


 


“Estamos seguindo uma diretriz do governo da professora Wilma de Faria no sentido da garantia da ordem e da legalidade do Estado de Direito, em respeito à vida e a dignidade humana. Em toda gestão, as marcas do diálogo estiveram sempre presentes em todas as ações. Inauguramos uma relação elevada com o movimento sindical rural, com os movimentos sociais, caracterizado pelo respeito, colaboração e busca permanente em atender seus pleitos e reivindicações sem, no entanto, exercer qualquer prática de cooptação ou mesmo de desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras ou as suas organizações representativas”, enfatizou Canindé de França.


 


O Superintende do INCRA, Paulo Sidney, ressaltou o papel da Reforma Agrária como um elemento efetivador de Direitos, indispensável para a democratização do acesso à Terra e fundamental como instrumento para o processo de desenvolvimento e levantou questões relacionadas à crise econômica. “Estamos começando a sentir os efeitos da crise econômica que começou no centro do capitalismo, com a redução nos postos de trabalho. E a questão da Reforma Agrária vai estar muito em pauta, com o aumento da demanda e pressão pela volta para o campo”.


 


Para a coordenadora Fátima Ribeiro, a luta pela Reforma Agrária não vai recuar. “O MST é um movimento pacífico, que tem propostas para os problemas do País. A solução da questão da violência e desemprego no campo é a realização da Reforma Agrária, que é barata”, destacou.


 


''Iremos adotar todas as medidas cabíveis para solucionar o problema, e garantir à dignidade dos homens e mulheres do campo, em especial o direito à vida”, ressaltou o secretário Canindé de França.


 


Fonte: AsseCom/SEARA – Governo do Estado do Rio Grande do Norte