Eixão das Águas garante água para Região Metropilitana de Fortaleza

Os dois trechos garantem água para 3,5 milhões de pessoas da RMF e distritos industriais.

No dia 19 de março, Dia de São José, padroeiro do Ceará, o governador Cid Gomes inaugurou os trechos 2 e 3 do Eixão das Águas, atualmente a maior obra hídrica do Brasil e assinou a ordem de serviço para a construção do trecho 4. “A obra garante a segurança hídrica do Ceará para os próximos 30 anos, bem como a vinda de grandes projetos para o Estado, como a Refinaria e a Siderúrgica”, afirmou Cid. A solenidade, realizada em Pacajus, teve as presenças dos ministros Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, representando o presidente Lula, e Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, além do diretor do Banco Mundial no Brasil, Makhtar Diop, que veio ao Ceará para assinar junto ao governador, o convênio para o empréstimo de US$ 240 milhões com o Banco Mundial (Bird), além do senador Inácio Arruda, deputados federais, estaduais e secretários de Estado.


 


Garantido pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Banco Mundial, e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o principal eixo de transferência de água do Estado tem uma extensão de 167,2 km, entre o Vale do Jaguaribe e Fortaleza, passando, ao longo do seu curso, por 15 municípios das Regiões do Médio e do Baixo Jaguaribe. Segundo o governador a conclusão dos dois trechos garante o abastecimento de água para a população da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), com cerca de 3,5 milhões de habitantes, mais os distritos industriais da Região e vai abastecer uma fronteira agrícola de 10 mil hectares. “Essa é a primeira grande obra que o governo entrega ao povo cearense. Com capacidade de armazenar cerca de 6 bilhões de metros cúbicos, o Eixão é referência para o Brasil”, disse.


 


Dividido em duas etapas para seu funcionamento o Eixão terá de início uma vazão de 11 metros cúbicos por segundo (11 mil litros de água por segundo). Posteriormente esta capacidade dobrará para 22m3/s (22 mil litros por segundo), atendendo bem a necessidade de consumo do Fortaleza que atualmente é de oito mil litros por segundo.


 


Na área da integração Cid Gomes elencou os investimentos do Estado com a contrapartida do Governo Federal, na adutora de Itataia, nas barragens Taquara e Figueiredo, ambas recém incluídas no PAC, além da segunda etapa do projeto Baixo Acaraú, do Projeto Araras Norte e do Tabuleiro de Russas com cerca de 20 mil hectares de terra para irrigação. O governador garantiu que sua administração têm um projeto de 20 anos para construir o Cinturão de Águas no Ceará, obra que cercará todo o território cearense garantindo abastecimento para todas as Regiões.


 


O Trecho 2 situa-se entre o Açude Curral Velho e Serra do Félix, medindo 46,2 km e investimentos de R$ 264,1 milhões. O Trecho 3, entre Serra do Félix e Açude Pacajus, na cidade do mesmo nome, mede 66,3 km e estão concluídos investimentos em torno de R$ 393,4 milhões. O Pacajus faz parte dos quatro reservatórios que compõem o sistema de suprimento de água da RMF – Pacajus, Riachão, Pacoti e Gavião, além do apoio do açude Aracoiaba que é mais uma alternativa de suprimento d'água de Fortaleza. Até 2010 estarão concluídos os dois últimos trechos (4 e 5), o primeiro (trecho 4) já em obras, aumentando para 255 km todo o seu comprimento de água canalizada, até chegar ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém.


 


A ministra Dilma Rousseff destacou a grande parceria do Governo Federal com o governador Cid Gomes. “Nós damos uma contribuição e o governador Cid dá outra e assim superamos os entraves”. Para ela, Cid é um dos governadores mais ativos do País, “não só para trazer recursos, mas também quando faz um bom uso dos recursos que ele consegue”. Obra dessa abre rol de possibilidades para uso produtivo em volta do canal e permitir que se gere riquezas em volta do canal. Esse esforço vai levar água até o pólo industrial e portuário do Pecém e isso representa todo o esforço que o Governo Federal vem fazendo aqui no Ceará, viabilizando no Nordeste uma transferência no processo de irrigação.


 


Gestora do PAC, Dilma defendeu que o Programa já conseguiu modificar positivamente a vida das pessoas no Brasil, em especial a dos agricultores. “É importante destacarmos o empenho dos governos estaduais e das prefeituras. Sem eles não conseguiríamos desenvolver as ações do Programa”. Na ocasião, a chefe da Casa Civil anunciou que mesmo com a crise mundial, o Governo Lula manterá todos os recursos para as obras de drenagem do Rio maranguapinho com investimentos de R$ 170 milhões, além do lançamento de um novo programa, voltado para a habitação. O objetivo é construir 1 milhão de moradias para famílias de baixa renda “praticamente a fundo perdido”. O déficit brasileiro é de 7.5 milhões. “Uma parte dessa soma está garantida para a população rural”, frisou.


 


Já o ministro Gedel Vieira se disse “extremamente emocionado” com a inauguração do Eixão. Em seu discurso ele destacou a importância da obra para concretização de novos empreendimentos em solo cearense e elencou que não faltarão, tanto para o Ceará como para o Nordeste, recursos do Governo Federal que garantam o acesso à água para os cearenses. “Ações como esta certamente farão do Brasil um país com menos desigualdades sociais”, finalizou.


 


O deputado federal Ciro Gomes, também em discurso, destacou a importância da obra para o Ceará e lembrou quando há 15 anos, quando era governador do Estado, a Região Metropolitana quase entrou em colapso no abastecimento de água. “Na época, tivemos que fazer em 120 dias, o Canal do Trabalhador para garantir o água para milhões de habitantes e hoje vejo o Canal do Trabalhador e o Eixão garantindo água para o Ceará”, disse Ciro.


 


Projeto São José


 


Também em Pacajus, o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Agrário, realizou a entrega de 91 cartas de crédito para compra de tratores e equipamentos agrícolas. A ação do Projeto São José beneficia cerca de 13 mil famílias em 74 municípios cearenses. Os recurso totalizam R$ 7.885.334,00, e tem o objetivo de promover a mecanização agrícola de modo a melhorar os níveis de produção.


 


Fonte: Coordenadoria de Comunicação do Governo do Estado