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Líderes europeus tentam achar saídas para estancar desemprego

Os apelos se multiplicam para levar a União Européia a elaborar uma verdadeira estratégia de proteção dos empregos, num momento em que os trabalhadores europeus exprimem seu temor a uma espiral incontrolável de desemprego.

No conjunto dos 27 países da UE, 672.000 pessoas perderam o emprego no quarto trimestre de 2008. E cerca de 4,5 milhões de europeus deverão conhecer o mesmo destino em 2009 por causa da crise, prevê o patronato europeu. Para amortecer o choque, muitos países da UE encorajam o recurso ao desemprego parcial, com o Estado compensando as empresas ou os trabalhadores pelas horas de trabalho perdidas. 


 


A Áustria ou a Alemanha permitem até os trabalhadores temporários se beneficiarem disso. Muitos propõem também uma redução dos encargos sociais em troca da manutenção dos empregos. Às vezes de maneira seletiva: a Espanha visa aos mais vulneráveis, a Suécia, aos trabalhadores de menos de 26 anos; Portugal, aos de mais de 55 anos.


 


Aumento espetacular
 


Mas o esforço vem se mostrando insuficinte, afirmam os socialistas da UE. “Arriscamo-nos a ter 25 milhões de desempregados na Europa no início do ano que vem”, contra 18 milhões em janeiro, preveniu o presidente do Partido Socialista europeu, o dinamarquês Poul Nyrup Rasmussen. “Deveria haver muito mais investimentos para garantir os empregos”, preconizou, considerando que a Comissão age com atraso desde o começo da crise econômica.



 
A UE deve, além disso “amenizar, como prioridade, o impacto social da crise”, considerou o secretário de Estado espanhol para as Relações europeias, o socialista Diego Lopez Garrido — seu país conheceu um aumento espetacular do desemprego, com uma taxa de 14,8% em janeiro.
 


Com agências