Sindicatos comunicam greve aos patrões

O Sindicato dos Jornalistas e o Sindicato dos Gráficos do Estado do Ceará enviaram, nessa quarta-feira (18/3), após assembleia, ofício aos jornais O Povo, Diário do Nordeste, O Estado, revista Fale! e ao presidente do sindicato patronal, Mauro Sales (foto

O documento informa que jornalistas e gráficos decidiram manter a proposta de 1,02% de ganho real (reajuste acima da inflação) nos pisos salariais. Às empresas foi dado um prazo de 72 horas para se manifestarem. A ausência de resposta será interpretada como recusa à proposta dos trabalhadores. Caso isso aconteça, as categorias deflagrarão a greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (23/3).


 


Ato público divulga reivindicações dos trabalhadores e desrespeito patronal


 


Jornalistas e gráficos realizaram nessa quarta-feira (18/3) o primeiro ato público após a decisão, tomada no mesmo dia, de entrarem em greve. Com a presença de estudantes de Jornalismo, os trabalhadores se concentraram entre 18 e 22 horas em frente à Rádio O Povo/CBN, nas proximidades do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.


 


Na oportunidade, realizaram uma exposição com fotografias e vídeo das últimas manifestações de jornalistas e gráficos e fizeram, no local e arredores, uma panfletagem com material contendo as reivindicações dos trabalhadores, mas também apontando o desrespeito dos donos dos jornais O Povo e Diário do Nordeste.


 


O objetivo do ato público foi chamar a atenção da sociedade sobre a situação imposta pelos patrões aos trabalhadores da comunicação no Ceará. A intransigência patronal em oferecer 1,02% de ganho real (acima da inflação) no reajuste do piso salarial das duas categorias e a intimidação e repressão aos trabalhadores empurraram jornalistas e gráficos para a greve.


 


As fotos expostas no ato público comprovam a truculência com que as duas categorias estão sendo tratadas. Na manifestação realizada em frente ao jornal O Povo no último dia 6 de março, o aparato de segurança foi ostensivamente reforçado. Durante o protesto contra o aviltamento salarial e a indisposição dos empresários para negociar, além dos homens e de duas viaturas de segurança armada privada, havia 16 policiais, três viaturas do Comando Tático Motorizado (Cotam) e uma do 5º Batalhão da Polícia Militar.


 


Na manifestação contra o achatamento salarial, realizada no Diário do Nordeste em 23 de dezembro, a empresa também acionou a Polícia e reforçou a segurança privada.


 


Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissisonais no Estado do Ceará