Pode haver mais suspeitos, diz PF sobre ação em construtora
A Polícia Federal afirmou nesta tarde que a Operação Castelo de Areia, que tem como alvo diretores da construtora Camargo Corrêa e doleiros ligados à empresa, seguirá para uma segunda fase. O delegado regional de Combate ao Crime Organizado da PF em Sã
Publicado 25/03/2009 17:40
“Apreendemos farto material na empresa, como documentos, mídias e arquivos. Numa investigação desse tipo, não está descartada a participação de outras pessoas”, disse Iegas.
A PF prendeu nesta quarta-feira dez pessoas no Rio de Janeiro e em São Paulo, sendo quatro diretores da construtora, duas secretárias, dois doleiros e um suposto articulador do esquema. Um dos diretores e as duas secretárias têm prisão temporária decretada pela Justiça Federal. Os outros sete, prisão preventiva.
Segundo Iegas, a investigação tem um ano e teve como alvo a saída de recursos do País de forma ilegal. O dinheiro seria enviado a paraísos fiscais. “Despertou suspeita a utilização de empresas off-shore (estrangeiras), que em princípio são laranjas, para realizar as remessas”, disse. De acordo com ele, as remessas teriam origem ilegal ou não seriam declaradas.
O delegado afirmou que “até o momento”, não há comprovação da participação de partidos políticos no esquema e nem do envolvimento de obras públicas na origem dos recursos. A PF também não divulgou nomes ou valores das transações, alegando sigilo de investigação.
Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, a Camargo Corrêa informou que foi surpreendida com a operação, “quando a sua sede em São Paulo foi invadida e isolada pela Polícia Federal”. A empresa disse não ter tido acesso ao teor do processo que autorizou as buscas e as prisões e informou ainda “que confia em seus diretores e funcionários e que repudia a forma como foi constituída a ação, atingindo e constrangendo a comunidade Camargo Corrêa”.
Fonte: Terra