Artigo: O rompimento do PT, João Ribeiro e o irmão João Oliveira.

O PT assumiu apoio a Marcelo…

O rompimento do PT, João Ribeiro e o irmão João Oliveira.


 


*Adriano Francisco de Lima


Finalmente o PT assumiu o apoio a Marcelo Miranda! Só que, na mesma ocasião que assumiu, rompeu!?!? Essa decisão que mexeu com a política do estado tem raizes a alguns anos atraz e redesenha mais uma vez o mapa do poder local, e abre preucupações tanto para os democratas campo ao qual sempre pertenceu o PMDB quanto para os consevadores.


 


Na história, participação política sempre foi relegada a poucos. Desde que o ser humano percebeu que somente com seus entes não sobreviveria às adversidades do mundo primitivo e passou a organizar-se em grupos maiores a fim de sobreviver e sem saber perpetuar a espécie. Na familia primitiva, assim como na recente, era o macho mais velho e mais forte quem decidia o destino. Com o surgimento destes grupos maiores, logo surgiu a nescecidade de dividir o centro de decisões, os conselhos tribais existem a milhares de anos em várias culturas. E, desde o início, estes conselhos são mais usados como método de consulta do que assembléias tribais, é possivel que fóruns tão amplos nunca tenham existido no mundo primitivo. O mundo contemporâneo apenas herdou uma prática milenar de deixar as grandes maiorias de fora das decisões que afetam diretante suas vidas. Portanto só posso falar sobre o que testemunhei, o que não é muito, devido a idade e ao Partido que milito não estar no centro de decisões políticas. Centro de decisão que no estado é totalmente pessoalizado.


 


Minha família chegou a esta região em 1985, mais precisamente num agosto 40 graus de 85. Com pretenções de latifundiários venderam 40 alquerimno Paraná e compraram quase mil alqueirão nas chadadas entre Silvanópolis e Santa Rosa. A pretenções latifundiarias de meu pai e tios e sonho de ouro-branco do arros que deixa rico se desfez feito adobe na chuva, empurrado é claro pela dura realidade da agricultura brasileira vivida nos anos 80 e 90. Hoje os que firaram e fincaram raizes nestas terras não tem dúvida de que devem o pão e a felicidade a o suor de cada um e de meus avós enterrados em Porto Nacional que mesmo setuagenário acompanharam os filhos doidos nesta jornada.


 


Me lembro de vender geladinho e colecionar santinhos nas eleições de 88, em Silvanópolis, Siqueira/Zé Freire, de ter ficado contente com a alegria dos goianos do norte com a criação do Tocantins e no carinhoso apelido de barata discascada revesvado aos branquelos que, pro pessoal daqui era tudo gaúcho. Recém chegados, nem nossos adultos tinham noção do que o Tocantins autônomo significava para esse povo que nos acolheu. Passei a década de 90 em Porto Nacional. Descobri movimento social na Igreja Católica, grupo de treatro, depois movimento estudantil e conheci o PC do B no livro de História da 8ª Série, no Colégio Irmã Aspásia. Como militante secundárista, combati a intervenção do Governo Siqueira nas entidades, Ricardo Aires era o menino-de-ouro do grupo UT, na verdade o apradrinhamento dele por parte de Raul, Adjair, Derval e a velha-guarda da oposição ao Siqueira somente conprova a velha mania de valorizar o que é de fora, a turma combatia ele no ME nunca teve ajuda, a não ser um ônibus que  foi cedido pelo Lutero Fonseca em 1997 para um Congresso. Enquanto Ricardo rodava o estado, com apoio de Eduardo fazendo acordo político-fisilógicos e vendendo carteirinha de entidade fajuta que ele montou e seus apadrinhados relegaram ao esquecimento.


 


Faço parte da direção estadual do PC do B desde o 9º Congresso do Partido, o qual fui o único delegado do Tocantins presente a plenária final em São Paulo em 1997. Agradeço muito a oportunidade que me foi dada pelos dirigentes estaduais da época, fizeram uma aposta no jovem de 17 anos e espero não desaponta-los e respeitar o Partido revovulicinário como sua história merece. Ví em 98, quando os pmdebistas torciam o rosto quando se falava em Lula nos palanques, como dirigente estadual do PC do B nunca abri mão deste direito e não ligava para os constrangimentos do PMDB/FHC. Não foram muitas as vezes que Dr. Moises deixou a direção comunista falar nos seus palanques, já o candidato do PC do B não fazia questão falava sempre. Fiquei conhecido como menino do caixão ''quem privatiza a educação, não merece reeleição'' era a frase escrita no nosso simbolo de campanha, quero dizer, do Siqueira. Em 2001 assumi a presidencia estadual do Partido, fui candidato em 2002 em eleição estadual com apenas 22 anos. Nunca ser candidato, minha tarefa não é eleitoral, é organizativo por convicção e delegação, acredito na liderança do Partido Comunista no processo transformador. Porém não descarto essa possibilidade de querer ser candidato, até para governador em 2010, principalmente pelo fato da falta de projeto coletivo no campo democratico. Já tenho benção e o voto de meus pais. E já participei diretamente de uma campanha humilde de Governador.


 


O PT finalmente assumiu que não fez campanha para governador em 2006. Espero que não cometa os mesmos erros erros do passado. E não acredite em canto-de-sereia, se quiser se comprometer que o faça sozinho, acreditar em afastamento de João Ribeiro de Siqueira é pior, sem Siqueira, João enfraquece. A história do PT local é bastante interessante e vem de longas datas, só que, no plano eleitoral regional é marcada pelo isolamento, foi assim 90, 94 e 98, sempre insitiu que seus candidatos isso, aquilo, que Lula, e acabava afastando aliados. Não sei por nunca fechou mas participava dos fóruns pré-convenções. De 2002 prá cá assumiu destaque e mostra uma figura nova para a política local, a instituição partido, até então subjugados pelas lideranças ''natas''. Lideranças essas que sempre tentam colocar em primeiro plano seu projeto, seu mandato, sua família, sua empresa… O PT deve vijiar, tem condições de projetar nomes para governo, basta ter ousadia, espitirito supra-partido, ouvir os aliados antigos e tomar cuidados com os novos. Saber usar verdadeiras lideranças natas Não sonhar como em 2006 quando ficou no altar sem a aliança da vitória. Tentar uma aproximação serena com o governador Paulo Sidney e mostrar que a verdadeira possiblidade de ele se tornar candidato de um setor, que terá apoio de Lula, ou se contenta com seis meses de mandato e passe a faixa. Dr. Paulo Sidney vira figura central neste jogo, o PC do B que tem divida de gratidão com o ex-prefeito de Araguiana quando da passagem do assassinato de nosso presidente naquela cidade e a administração não mediu esforços nas buscas ao corpo, ele próprio acompanhou e deu auxilio neste momento trágico da familia do sindicalista e dirigente. Por isso, Dr. Paulo devia romper com Kátia, aproveitar que o governo não tem comando e convocar como PPS um debate amplo, estamos todos dispostos a ouvir, ele já deu expressiva contribuição nas nossas mesas em tempos de presidente do PMDB e PPS. Ousadia.


 


O Senador João Ribeiro é o grande ganhador da eleição 2010, discretamente assumiu o posto de capitão da UT e não larga o padrinho Siqueira nem em sonho. Siqueira é percistente na idéia do RCED e Eduardo é empresário influente no estado, já que controla TV's e participa de outros negócios, não parece querer dar trabalho nas pré-convenções, João vai se firmando como o nome da UT e com boa base de prefeitos tem reais chances de evitar a vinda do presidenciavel do PT  e de Lula ao Tocantins durante o pleito já de praxe não criar rusgas nacionais é a prioridade. Não larga o Siqueira. Se largar piora. Outro fato interessante é a ofensiva do DEM, na pessoa do presidente regional João Oliveira. Sua candidata perdeu espaço desde a última eleição. A maneira de reaparecer é antecipando o debate, constrangendo Marcelo e mostrando autoritarismo. Não coloca a condidatura do DEM em discução nem com os aliados dele e do governo dele. Se ele tem dados que mostram sua candidata mais ou menos preparada intelectual, emocional, pessoal que qualquer cidadão ou cidadã tocantinense que ele nos mostre. Para mim o dinheiro da CNA faz diferença e só isso, me empresta que eu também viro, se duvidar até Papa. Governador, se eu vou ser um dia eu quero que quem decida é o povo, como disse Aires Brito, Presidente do TSE,'' tem que ganhar na legalidade, na proposta e não no dinheiro''.


 


*Adriano Francisco de Lima – Presidente Estadual do PC do B, membro da CPE desde 1997, Técnico em Atendimento e calouro de Filosofia na UFT.