Relatório da ONU mede progresso das mulheres no mundo
Uma em cada cinco mulheres no mundo será vítima de violência ao longo da sua vida. O enfrentamento da violência contra as mulheres e meninas é objeto de atuação da ONU (Organização das Nações Unidas) e integra a missão de Inés Alberdi, diretora executi
Publicado 30/03/2009 17:56
O estudo alerta para a possibilidade de descumprimento dos Objetivos do Milênio, caso não seja assegurada a igualdade entre homens e mulheres nas políticas públicas. São expostos dados sobre a situação das mulheres no mundo em áreas como mercado de trabalho e economia mundial, poder e decisão, saúde, educação, justiça e violência.
O Brasil é mencionado com um dos países com grandes avanços no enfrentamento à violência contra as mulheres e nos instrumentos de mensuração das políticas para as mulheres: Planos Nacionais de Políticas para as Mulheres e Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
Entre as boas práticas brasileiras estão o investimento do governo federal de R$1 bilhão para enfrentamento da violência contra as mulheres e a promulgação da Lei Maria da Penha. A presença e a valorização do trabalho das mulheres aparece ainda como desafios a serem enfrentados.
De acordo com o relatório, mais de 90 países já possuem alguma legislação contra a violência doméstica. A Argentina é o último país a compor o ranking mundial. No início deste mês, a Câmara dos Deputados aprovou a Lei de Proteção Integral às Mulheres de Qualquer Tipo de Violência.
Para homens e meninos
A diretora executiva do Unifem, Inés Alberdi, também participa, no Rio, do Simpósio Global “Homens e Meninos pela Igualdade de Gênero.” O evento, que vai reunir 420 gestores públicos, ativistas, pesquisadores e organismos internacionais das Américas, Europa, Ásia, África e Oriente Médio, começa na noite desta segunda-feira, no Hotel Intercontinental, no Rio de Janeiro.
A cerimônia de abertura terá as presenças de dirigentes das agências das Nações Unidas (Unifem, UNFPA, Unicef, Unaids e OMS); e da ministra Nilcéa Freire, da SPM (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres). O simpósio está baseado em quatro linhas estratégicas: promoção da equidade de gênero nas áreas de saúde sexual e reprodutiva; prevenção de tratamento de HIV/AIDS; paternidade; e redução da violência contra mulheres e meninas.
Essa é a primeira vez que um evento de porte mundial congrega um público de especialistas com o objetivo de discutir e compartilhar informações sobre pesquisas, políticas públicas e programas para promoção do engajamento de homens e meninos pela equidade de gênero.
O simpósio se encerra na sexta-feira (3) com a divulgação da Conclamação para Ação Global. O documento visa a ser um instrumento político de orientação dessa agenda nos próximos anos.
A criação de mecanismos para reduzir o ciclo de reincidência da violência contra as mulheres e desarticular os sinais de violência na sua fase inicial é um desafio mundial, proposto pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na campanha “Unidos pelo Fim da Violência contra as Mulheres.”
De Brasília
Com informações da Unifem