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BC vê espaço para juro menor, mas diz que agirá “com cautela”

O cenário inflacionário continua benigno no Brasil por conta da atividade econômica fraca e isso abre espaço para mais cortes do juro básico, mas o Banco Central (BC) precisa agir com cautela para assegurar que a estabilidade dos preços não seja compromet

Para o Copom, o desaquecimento da demanda — apesar de uma leve melhora das condições financeiras e da confiança – criou uma “importante margem de ociosidade” na economia brasileira que não vai se eliminada rapidamente.”Esse desenvolvimento deve contribuir para conter as pressões inflacionárias, mesmo diante das consequências do processo de ajuste do balanço de pagamentos e da presença de mecanismos de realimentação inflacionária na economia, abrindo espaço para flexibilização da política monetária”, apontou a ata.


 


No cenário de referência do BC, a projeção de inflação em 2009 recuou frente à reunião anterior e encontra-se “sensivelmente abaixo” do centro da meta, que é de 4,5%. Para 2010, as projeções pelo cenário de referência e de mercado mostraram estabilidade. “O Copom avalia que, diante dos sinais de arrefecimento do ritmo de atividade econômica… e do recuo das expectativas de inflação para horizontes relevantes, continuaram se consolidando as perspectivas de concretização de um cenário inflacionário benigno”, diz o documento do BC.


 


Efeitos negativos


 


A ata reforça a “cautela”. “Ainda assim, a despeito de haver margem para um processo de flexibilização, a política monetária deve manter postura cautelosa, visando assegurar a convergência da inflação para a trajetória de metas”, afirma. O Copom também voltou a ressaltar que há “defasagens importantes” entre a implementação da política monetária e os efeitos no nível de atividade e na inflação.


 


O BC avaliou ainda que ainda não está certo se a recente melhora dos mercados financeiros internacionais vai se sustentar. Mas acrescentou que os efeitos negativos da crise global sobre a economia brasileira não serão permanentes. “As influências contracionistas da crise financeira internacional sobre o dinamismo da economia doméstica e, consequentemente, sobre o contexto no qual tem atuado a política monetária, podem se mostrar persistentes, mas não serão permanentes”, destacou a ata.


 


Com agências