Brasil elegerá novos dirigentes para Parlamento do Mercosul
O Brasil vai escolher, nas próximas semanas, o novo vice-presidente no Parlamento do Mercosul em substituição ao atual ocupante do posto, deputado Dr. Rosinha (PT-PR). A eleição deve ocorrer na próxima reunião da representação brasileira no parlamento,
Publicado 07/05/2009 15:24
A realização das duas eleições ficou decidida durante reunião ocorrida nesta quarta-feira (6). A princípio, um deputado assumiria a presidência da representação, enquanto um senador seria eleito para ocupar a vice-presidência do Parlamento do Mercosul, em Montevidéu.
A presidência do parlamento atualmente é exercida pelo Paraguai. Pelo regime de rodízio entre os países (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), em que cada um deles ocupa o posto por um semestre, o vice-presidente brasileiro do parlamento a ser eleito nos próximos dias assumiria a presidência no segundo semestre de 2010. Como este período coincidirá com as eleições brasileiras, existe a possibilidade de o Brasil fazer uma troca com a Argentina. Ou seja, o Brasil terá a presidência no primeiro semestre de 2010, e a Argentina ficará com o cargo no segundo semestre.
Acordo adiado
Na reunião desta quarta-feira (6) também constava da pauta os textos do acordo de livre comércio entre o Mercosul e Israel, firmados em 2005 e 2007. A votação foi adiada depois que o senador Inácio Arruda e o deputado Dr. Rosinha pediram vistas da matéria, que só será apreciada daqui a duas sessões.
Segundo Inácio, o texto final do projeto que ratifica o acordo não faz menção da exigência de certificados de origem dos bens comercializados, ou seja, de que produtos beneficiados não sejam provenientes de áreas ocupadas: “Os primeiros acordos que estão sendo assinados no âmbito do Mercosul são muito positivos, mas é preciso levar em conta que existe um conflito muito tenso e declarado naquela região”, observou o senador.
O acordo comercial entre Mercosul e Israel abrange, além do comércio de bens, regras para salvaguardas, cooperação em normas técnicas, sanitárias e fitossanitárias, além de cooperação tecnológica, técnica e aduaneira. O texto do Acordo prevê a liberalização total de mais de 90% do comércio entre as duas regiões em até dez anos.
Os produtos foram divididos em quatro faixas, com prazos diferenciados para o fim das tarifas de importação: imediato, quatro, oito e dez anos. Os principais produtos da pauta de importação do Brasil com Israel são o cloreto de potássio, o superfosfato e outros fertilizantes e herbicidas. Já as exportações brasileiras para aquele país estão focadas em itens agrícolas, como carne bovina congelada, soja e açúcar.
De Brasília
Com Agência Senado