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Encontro debate política de comunicação para a CTB

Discutir a política de comunicação e imprensa da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), bem como elaborar um projeto de ações na área. Este é o objetivo do 1º Encontro Nacional de Comunicação da CTB, que acontece de quinta (7) a sexta-

“Precisamos avançar mais, ter condições, estrutura e ferramentas de comunicação para levar as ideias da central nos estados”, disse o secretário-geral da CTB, Pascoal Carneiro, na abertura dos debates. “Segundo dados de dezembro do Ministério do Trabalho, já somos a quarta maior central sindical do país – e estamos apenas a um ponto percentual da terceira. A comunicação também deve ajudar a aumentar nosso índice de representatividade, rumo à hegemonia política.”


 


Para Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, o encontro deve levar em conta quatro pontos de reflexão: 1) a crise do capitalismo, que “altera a correlação de forças e tem forte impacto no movimento sindical. Quem estiver mais bem qualificado e posicionado, com mais clareza, sairá mais forte da crise”; 2) as dimensões continentais do Brasil, uma vez que “a bandeira da CTB está fincada em praticamente todos os estados”; 3) a composição plural da central, que deve ser valorizada, consolidada e ampliada; e 4) a necessidade de desenvolver uma política de comunicação “ampla e massiva”.


 


Na opinião do secretário de Comunicação e Imprensa da CTB, Carlos Rogério Nunes, o planejamento deve estar à altura da importância política da central e, ao mesmo tempo, entender as demandas específicas. “Há, por exemplo, cerca de 20 milhões de trabalhadores rurais. Eles precisam de uma comunicação própria – não podem ser forçados a se urbanizarem.” Ao destacar o papel do Portal CTB – que teve um milhão de visitas em um ano –, Rogério frisou que a página da central da internet deve “estreitar as relações com a sua base e mostrar propostas para a sociedade”.


 


O jornalista Umberto Martins, editor do portal, afirmou que nenhuma central tem, hoje, um projeto claro de comunicação. No entanto, o planejamento se torna ainda mais importante em meio à crise. “É um momento histórico em que a luta de ideias e a disputa de projetos políticos se acirram.” Segundo Umberto, o Portal CTB – principal tema da primeira rodada de debates – tem de “chegar primeiro às entidades filiadas, às lideranças sindicais”, mas também deve “atingir a opinião pública.” A central, a seu ver, deve trabalhar por uma “mídia classista, com a sensibilidade da classe trabalhadora, crítica à mídia hegemônica e ao pensamento dominante”.


 


No dia de abertura, 1º Encontro Nacional de Comunicação da CTB reuniu cerca de 40 participantes de sete estados – entre jornalistas, profissionais de imprensa, secretários de comunicação e lideranças sindicais. Os debates seguem até a tarde desta sexta-feira.


 


De São Paulo,
André Cintra