Em Cuba, artistas mineiros se destacam nas Romerías de Mayo
As experiências construídas em Minas Gerais nas áreas de cultura e juventude são um dos destaques da 16ª edição do festival “Romerías de Mayo”, que começou no último 2 de maio e se estende até esta sexta-feira (8) na cidade de Holguin, em Cuba. Dentro
Publicado 08/05/2009 15:55
O “Programa Cultura e Juventude” tem como objetivo fortalecer as trocas culturais entre os países, valorizando a diversidade e a articulação de redes sócio-culturais envolvendo agentes distribuídos nos três continentes.
O Festival Romerías de Mayo é realizado há 15 anos em Cuba pela Associação Hermanos Saiz, de jovens artistas e produtores culturais, com a participação de instituições governamentais e não governamentais, intelectuais e artistas de todo mundo que se reúnem para debater e construir propostas de ação cultural internacional.
Com participação crescente e destacada nos debates e ações internacionais relacionados à Cultura e à Juventude, a ONG mineira Contato chega a esta 16ª edição do festival “Romerías de Mayo” – ao lado do centro cultural Casa África – como organizadora de uma das principais atividades do encontro, o ''Programa Cultura e Juventude – Diálogos entre África, Europa, Américas do Sul, Central e Caribe”. Acompanhados de artistas, produtores e pesquisadores do estado, os organizadores esperam contribuir para a ampliação dos diálogos culturais e do debate sobre a juventude entre os países do mundo, como forma de desenvolvimento social e econômico, em âmbito internacional.
Participam do evento de debates e shows os representantes do Contato, Helder Quiroga e Vitor Santana; os músicos Maurício Tizumba, Vander Lee, Flávio Henrique e Regina Souza; o cineasta Cris Azzi, o fotógrafo Fernando Libânio, o artista visual e designer Fred Paulino, além do pesquisador da Universidade Federal de Ouro Preto Erisvaldo Pereira dos Santos. O “Programa Cultura e Juventude” também inclui uma mostra cinematográfica com os filmes Batismo de Sangue, de Helvécio Ratton; Cinco frações de uma quase história, de Armando Mendz, Cristiano Abud, Cris Azzi, Guilherme Fiúza, Lucas Gontijo e Thales Bahia; Os filmes que não fiz, de Gilberto Scarpa e “Sumidouro”, de Cris Azzi.
O ''Programa Cultura e Juventude – Diálogos entre África, Europa, Américas do Sul, Central e Caribe” nasce de um contexto histórico contemporâneo em que as relações e trocas culturais entre os países começam a se dar de forma relevante e organizada. A partir do uso das novas mídias e tecnologias, o programa pretende construir novos conceitos de atuação cultural nos três continentes, colocando a cultura e a arte como ferramentas fundamentais para uma globalização justa e solidária. A iniciativa propõe a aproximação entre profissionais dos campos da cultura, intelectuais, representantes de governos, TV’s públicas, universidades, produtores independentes e sociedade civil dos países para o aperfeiçoamento de experiências e troca de conhecimentos.
O Programa também tem referência nas questões ligadas à juventude, como elemento de profusão das práticas sócio-culturais. O objetivo é fomentar novas formas de assimilação e circulação de bens, assim como refletir sobre as relações históricas que envolvem os países e as novas dimensões da contemporaneidade.
Desde 1994, o festival Romerías de Mayo dirige seu foco à província oriental de Holguin, em Cuba, onde a Associación Hermanos Saiz construiu uma tradição na realização desse evento de artes. Desde então, as Romerias reúnem todos os tipos de manifestações culturais, em um encontro entre gerações, linguagens, tradição e modernidade. O festival constitui um exemplo de excelência que prefigura e sustenta sua preocupação por conquistar, com a arte jovem, os mais amplos setores do público cubano, íbero-americano e mundial.
– Outras informações: http://www.romeriasdemayo.cult.cu/
Fonte: Vermelho-MG