Alice Portugal quer mulheres em todas as grandes discussões
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) toma posse como coordenadora da Bancada Feminina na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (20), às 11 horas, no Salão Nobre da Casa. A proposta de Alice é articular o trabalho da Bancada com a realidade concreta,
Publicado 18/05/2009 14:40
A deputada afirmou que buscará fortalecer cada mandato feminino, conferindo-lhe conteúdo atualizado sobre os movimentos de mulheres e buscando manter intercâmbio parlamentar nacional e internacional. “Vamos adotar como chave de nosso êxito a compreensão da natureza plural e supra-partidária desta nossa articulação”, afirma. A Câmara possui 45 deputadas representando 11 partidos (PCdoB, PSB, PT, PMDB, PR, PSOL, PP, PDT, DEM, PSDB e PPS).
Na última quinta-feira (14), Alice participou da reunião do Colégio de Líderes, quando apresentou como proposta de matéria para votação desta semana o projeto de resolução que cria a Procuradoria Especial da Mulher na Câmara. A proposta foi aceita pelos demais líderes, que parabenizaram a parlamentar pelo novo cargo.
Luta difícil
A deputada também quer apressar a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que assegura a presença de pelo menos uma mulher nas mesas diretoras da Câmara e do Senado, assim como na direção das comissões. Para a deputada do PCdoB, é inadmissível que a Câmara dos Deputados, que tem hoje 45 deputadas, nunca tenha tido uma mulher ocupando cargo no Mesa Diretora.
Por esta razão, prosseguiu Alice, é necessário e urgente a aprovação da PEC de autoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que assegura a ampliação do espaço político das mulheres no Congresso e, consequentemente, das prioridades da bancada feminina na agenda parlamentar. A PEC teve a admissibilidade aprovada no ano passado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Na reunião da comissão especial que analisa a PEC, na semana passada, a presidente da comissão, deputada Emília Fernandes (PT-RS), disse que não há comissões permanentes na Câmara presididas por mulheres e que os homens não acreditam no potencial político feminino. Ela reconhece que a luta das mulheres será difícil, mas acredita em futuros resultados. “Sabemos que a luta não será fácil, mas vamos provocar o Congresso, porque só assim teremos resultados”, concluiu.
De Brasília
Com agências