Colômbia: ministro da Defesa renuncia para tentar presidência
O ministro de Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, renunciou hoje ao cargo após quase três anos em frente à pasta, com vistas a uma eventual candidatura às eleições presidenciais de 2010.
Publicado 18/05/2009 15:16
Segundo a rádio Caracol, de Bogotá, Santos se reuniu na manhã desta segunda-feira com o presidente Álvaro Uribe para apresentar a carta na qual formalizava sua saída do governo.
Segundo fontes próximas ao ministro, Santos renunciou para poder eventualmente candidatar-se em 2010. “Isto não significa necessariamente que será candidato à Presidência da República”, afirmaram as fontes.
A dúvida se dá pelo fato de que o presidente Uribe busca a convocação de um referendo para consultar a população sobre um eventual terceiro mandato. Se aprovado, concorrerá pela terceira vez às disputas do ano que vem.
Publicamente Santos disse que será candidato apenas se Uribe não conseguir a aprovação para um terceiro mandato. O projeto de referendo do presidente já foi votado na Câmara dos Deputados e atualmente tramita no Senado, onde será tema de votação amanhã.
“Já disse muitas vezes que, se o presidente decidir lançar sua candidatura, contará com o meu total apoio, pois este é o compromisso que eu tenho com ele. Mas se ele decidir não disputar as eleições, eu serei candidato”, declarou.
Durante a permanência de Santos no Ministério de Defesa, as forças de segurança foram responsáveis pelos mais contundentes golpes contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), entre elas a morte do número dois da guerrilha, Raúl Reyes, em 1º de março de 2008.
Na ocasião, o Exército colombiano invadiu território equatoriano, já que o acampamento das Farc localizava-se na fronteira entre os dois países, o que desencadeou uma grave crise regional e levou ao rompimento das relações diplomáticas bilaterais.
O ministro é economista e administrador de empresas, com várias especializações no exterior. A família Santos é também a principal acionista do grupo El Tiempo, dono do jornal de mesmo nome, de um canal privado de televisão em Bogotá e de uma editora, entre outros negócios.
Fonte: Ansa