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Nova reeleição de Uribe divide até aliados

A aprovação no Senado do projeto de referendo para uma segunda reeleição do presidente Álvaro Uribe despertou críticas da oposição colombiana e mesmo de aliados conservadores, que temem que a medida aumente a concentração de poder. A oposição aponta ai

“A aprovação do referendo no Senado é mais um passo na consolidação do autoritarismo e do caudilhismo – afirmou o senador Juan Fernando Cristo, do Partido Liberal. “O projeto de lei é viciado em sua origem, financiamento e trâmite”. completou.

Para o deputado Luis Carlos Avellaneda, do Pólo Democrático, a medida representa uma abertura à ditadura. A senadora Cecilia López, por sua vez, acusou um ministro de ir “de bancada em bancada comprando votos”. Mesmo antigos aliados de Uribe, como o ex-ministro Fernando Londoño, manifestaram-se contra outro mandato.

Uribe tem ainda outros obstáculos pela frente. É preciso conciliar os textos da Câmara dos Deputados (pelo qual a terceira reeleição só valeria a partir de 2014) e do Senado (já para a eleição de 2010). A própria formação da comissão ainda não foi definida, pois o Partido de la U, do governo, quer impedir que o presidente da Câmara, Germán Varón, nomeie os integrantes, acusando-o de parcialidade.

O texto final terá que passar pela Corte Constitucional, e o provável é que ela não emita um veredito até conhecer a decisão do Conselho Eleitoral. Há denúncias de que uma firma ligada ao narcotráfico teria financiado a coleta de assinaturas. Se atravessar todos esses obstáculos a tempo, Uribe pode sair vencedor das urnas. Pesquisas indicam que 59% dos colombianos votariam no referendo, e que 84% destes diriam “sim”.

Fonte: O Globo