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FHC depõe por meia hora em caso do 'mensalão'

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso foi ouvido na tarde desta quinta-feira, em São Paulo, por cerca de 30 minutos, como testemunha de defesa do ex-deputado federal Roberto Jefferson no caso que a imprensa apelidou de “mensalão”. Jeff

FHC usou os privilégios de ex-presidente e entrou e saiu pela garagem, sem dar declarações. Fernando Henrique também foi escolhido como testemunha de defesa de José Mohamed Janene, acusado de práticas de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.



Além dele, o juiz deverá ouvir Geraldo Alckmin, Petter Glazier – testemunha de José Roberto Salgado, acusado de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas -, e Irineu Casemiro Pereira.


 


O caso



Em agosto de 2007, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, contra 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema de beneficiamento. Todos terão que responder a ação penal no STF. Entre os envolvidos, estão o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT deputado José Genoino (PT-SP), Delúbio Soares e o publicitário Marcos Valério.



No início de maio, o STF retirou a denúncia de gestão fraudulenta contra o ex-tesoureiro, Genoino e Marcos Valério. A ação se referia a empréstimos feitos pelo PT ao Banco BMG.



Difícil de comprovar



Até agora, a maioria das testemunhas ouvidas pelo STF alegaram que o suposto “mensalão” nunca existiu e o esquema denunciado por Roberto Jefferson pode ter sido mais especulação da imprensa do que fato concreto.



“Tanto não houve mensalão que eu não fui eleito presidente da Câmara”, declarou ontem o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado do PT, à saída do Fórum Criminal Federal de São Paulo, onde depôs no processo sobre suposto esquema de compra de votos de parlamentares da base aliada do governo.



Fundador do PT e deputado por São Paulo em quatro mandatos, Greenhalgh foi candidato à presidência da Câmara para o biênio 2005-2006, mas acabou derrotado por Severino Cavalcanti (PP-PE). “Eu era o candidato do governo, nessa linha de raciocínio se tivesse mensalão eu teria sido eleito, talvez o resultado tivesse sido outro”, disse o ex-deputado.



Greenhalgh foi ouvido como testemunha de defesa de Delúbio Soares. Ao todo, são 96 depoimentos da defesa que estão sendo colhidos há 10 dias pela 2ª Vara Criminal Federal em São Paulo, em cumprimento à carta de ordem do Supremo Tribunal Federal – onde tramita a ação penal sobre o caso.



Os depoimentos de testemunhas de defesa do caso devem ser encerrados nesta sexta-feira (5), quando estão previstas mais seis testemunhas.


 


Com informações do portal Terra