Ato em defesa da Petrobras lota Assembléia Legislativa de SP
Centenas de militantes dos movimentos sindical e social somaram-se a deputados federais, estaduais, prefeitos e vereadores, nesta segunda-feira (8) à tarde, realizando um vibrante ato público na Assembleia Legislativa de São Paulo em defesa do pré-Sal, da
Publicado 08/06/2009 22:22
“Nacionalismo e patriotismo são duas palavras que os tucanos tentaram apagar do dicionário, mas que hoje o Brasil traz à baila na campanha em defesa da Petrobras e da nossa soberania, que estão sendo atacadas pelos entreguistas”, declarou o líder petroleiro Antonio Carlos Spis, que representou a CUT Nacional no evento.
Spis lembrou que não é de hoje que PSDB e DEM (ex-PFL) atuam para inviabilizar a empresa, com o objetivo de privatizá-la. “Os que hoje investem na CPI são os mesmos que no governo Fernando Henrique aprovaram uma lei criminosa em 1997 contra o monopólio estatal e a Petrobrás. O que está por trás desta ação da direita e da mídia é impedir a mudança do marco regulatório, que precisa ser feita para garantir que as imensas riquezas do pré-Sal, verdadeiros lingotes de ouro, sejam destinadas ao desenvolvimento do país, em políticas sociais que beneficiem o povo brasileiro”, acrescentou.
O presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, fez um paralelo entre a ação devastadora levada a cabo pelos tucanos no Estado de São Paulo e a voracidade com que tentam emplacar a CPI da Petrobrás contra os interesses nacionais.
“Assim como em São Paulo o PSDB tem uma lista de 18 empresas estatais como alvo para serem privatizadas, querem colocar a Petrobrás na fila da entrega. Mas cresce a mobilização contra esta política, pois o fato é que todo o mundo está vendo o que ela significa: quanto menor o Estado, mais ausente ele estará da vida das pessoas, principalmente da população que mais necessita”, acrescentou Adi.
O dirigente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Aparecido Pires de Morais afirmou que, cada vez mais, “o tucano é uma ave de rapina que não merece o respeito do povo brasileiro”. “Com o pré-Sal, o Brasil estará entre os maiores produtores de petróleo do mundo, o que significa saúde digna e decente, educação de qualidade, mais desenvolvimento, salário e emprego. Os que atacam a Petrobrás fazem o jogo sujo das multinacionais”, frisou.
Representando a Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), disse que assim como o governo estadunidense abandonou o discurso anterior da “globalização” e interviu para tomar o controle da GM e proteger o aço do país da concorrência estrangeira, “chegou a hora de, dentro de uma visão nacional, aqui no Brasil, defendermos os nossos interesses e a nossa soberania”.
Em nome da União Geral dos Trabalhadores, Avelino Garcia Filho, ressaltou a importância da unidade demonstrada pelas centrais sindicais no ato para a vitória contra os entreguistas: “estamos integralmente nesta campanha de luta em defesa da Petrobrás e do patrimônio dos brasileiros”.
Entre outras lideranças, estiveram presentes os deputados estaduais Vicente Cândido, José Candido, Beth Sahão, Adriano Diogo, Carlinhos Almeida, Roberto Felício (todos do PT) e Pedro Bigardi (PCdoB), os deputados federais Carlos Zarattini e José Genoíno (PT), Nataniel Braia (Partido Pátria Livre), além de vereadores da capital e de diversas cidades do interior. Também marcaram presença inúmeras lideranças comunitárias.