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FMI diz que crise virou problema de “vida ou morte” para muitos

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse que a crise financeira fez com que muitas economias “emergentes” passassem a encarar problemas “de vida ou morte” e advertiu sobre o grave perigo da instabilidade c

Ele também afirmou que a recuperação da crise depende de que o sistema financeiro seja “limpo” o mais rápido possível, mas alertou que a velocidade do processo é “lenta demais”. “Muitas perdas ainda não foram reveladas”, afirmou. Segundo Strauss-Kahn, o FMI segue acreditando “que a recuperação começará na primeira metade de 2010”, mas frisou que “isso só é possível caso a política adequada seja aplicada”.


 


Para o organismo internacional, as 22 crises bancárias do passado demonstraram que o passo mais importante para conseguir a recuperação “é a limpeza do balanço geral” das instituições financeiras. Porém, o diretor reconheceu que a decisão de destinar bilhões de dólares públicos para limpar o setor financeiro, que é a origem do problema, “é politicamente muito difícil” para os governos. Strauss-Kahn também afirmou que “depois da crise, o mundo não será como antes”, já que “o equilibro de poder será diferente”. “O próximo mundo não será como o anterior”, afirmou.


 


Europa


 


Segundo o FMI, o Banco Central Europeu (BCE) deve considerar a possibilidade de mais cortes em sua principal taxa de refinanciamento. Em relatório sobre a zona do euro, a entidade concluiu que as medidas de estímulo lançadas pelos governos da região são suficientes até o momento, mas há uma falta de “estratégia proativa” para recuperar o sistema financeiro após a crise global de crédito. “Os benefícios de novos cortes na política de juros precisam ser julgadas em comparação a seus possíveis efeitos adversos sobre o funcionamento dos mercados financeiros, mas seria útil explorar qualquer margem para mais reduções o mais cedo possível”, afirmou o FMI.


 


O BCE cortou a taxa básica para o nível recorde de baixa de 1% no mês passado, e anunciou que compraria 60 bilhões de euros (US$ 83 bilhões) em bônus corporativos de modo a injetar mais capital na economia. O banco ainda não descartou a possibilidade de cortar ainda mais a taxa de juros, mas diz que sua posição é adequada para o momento. “A política monetária deveria se concentrar em manter a taxa de juros baixa, ao continuar fornecendo financiamento ilimitado a taxas prefixadas e com prazos maiores, enquanto continuarem as pressões desinflacionárias”, acrescentou o FMI.


 


“Se os riscos se intensficassem, seria necessário um sinal mais forte para manter a taxa de juros mais baixa. Para lidar com emergências, todas as opções menos convencionais devem ser consideradas”, diseo relatório. É provável que a inflação na zona do euro caia abaixo de zero por alguns meses a partir de junho por causa de uma forte queda nos preços do petróleo em comparação ao ano passado, considerou a entidade no documento.


 


Com agências