Coelce será ouvida na CPI do Aumento da Tarifa de Energia Elétrica na próxima terça

O ex-diretor da Companhia Energética do Ceará (Coelce), João Mamede Filho, e o engenheiro Cláudio Machado Nogueira foram ouvidos nesta terça-feira (09/06), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Aumento da Tarifa de Energia Elétrica da Assembléia L

Os depoimentos foram conduzidos pelo presidente da CPI, deputado João Jaime (PSDB) e aconteceram no Complexo das Comissões Técnicas Aquiles Peres Mota. O primeiro a falar foi o engenheiro Cláudio Machado Nogueira. Ele fez uma explanação sobre a estrutura do setor elétrico no País; composição das tarifas de energia que, segundo ele, no caso da Coelce, desde a sua privatização há 11 anos, já subiu mais de 274% se comparada a inflação.


 


Conforme Cláudio Nogueira, o consumo de energia no Ceará é de 35,60% residencial e de apenas 18,17% industrial. Ele disse estar preocupado com essa queda no consumo industrial e, atribuiu o fato ao alto custo da energia. O engenheiro explicou ainda os princípios básicos da tarifa de energia que são: equidade (preço igual para consumidor igual); eficiência na prestação de serviços; justiça social; equilíbrio econômico-financeiro da empresa; estabilidade; simplicidade e modicidade. Nogueira defendeu que a CPI enfoque a questão da compra da energia pela Coelce e, sugeriu a convocação da Cegas.


 


Já o engenheiro e ex-diretor da Coelce, João Mamede Filho, falou sobre o surgimento das termoelétricas, salientando que elas foram criadas para suprir a carência das siderúrgicas. “Nos períodos de escassez de água as hidrelétricas tinham a geração de energia comprometida, consequentemente, as siderúrgicas também enfrentavam problemas”, disse.


 


Para Mamede, o Governo Federal não tem controle sobre as termoelétricas da Amazônia e juntando isso ao aumento constante da demanda, as tarifas só tendem a subir cada vez mais. Ele também falou sobre a privatização da Coelce e sobre os leilões para compra de energia elétrica.


 


Os depoentes foram questionados pelo presidente da CPI (João Jaime) e pelo relator, deputado Lula Morais (PCdoB). Jaime quis saber o porquê de a Aneel autorizar um aumento como o que foi dado pela Coelce; e Lula questionou se houvesse hoje a necessidade de energia e “nós precisássemos das duas termoelétricas (Termofortaleza e Termoceará), se elas teriam a condição de nos atender?”.


 


Estiveram presentes os deputados Idemar Citó (PSDB), Sérgio Aguiar (PSB), Artur Bruno (PT), Nelson Martins (PT) e Hermínio Resende (PSL).


 


Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da AL