As águas do Rio Negro continuam subindo e esta poderá ser a maior enchente da história

Apesar da capacidade humana em dominar outros elementos que estão sobre a terra, a natureza ainda demonstra alguma imprevisibilidade acerca de seus fenômenos. Novos dados divulgados pelo Serviço Geológico d

A retomada das constantes chuvas na região e a continuidade da elevação das águas no médio Solimões dão as condições para que o rio atinja o mesmo nível da cheia da metade do século passado. De acordo com os técnicos do CPRM, faltam apenas 13 cm para que isso aconteça.


 


 


Caso a elevação do nível das águas continuem no ritmo das últimas semanas, em 17 dias o Rio Negro subirá mais 38 cm.


 


 


Os novos indicadores do CPRM contradizem os que foram divulgados no início do mês. À época, as chuvas haviam se estabilizado e já davam, inclusive, sinais de que estavam  diminuindo. No entanto, com o passar dos dias o quadro mudou e a cheia que era dada como a 7º da história, já passou a ser a terceira e pode se tornar a maior desde que foi iniciado o monitoramento da cheia e da vazante dos rios.


 


 


Transtornos causados a população de Manaus


 


Outra dado que é contrário as previsões feitas pelos especialistas, desde que a cheia começou a revelar sua excepcionalidade, são os danos causados à população da capital do Amazonas. Na ocasião, as conseqüências para a população eram minimizadas nas avaliações dos técnicos, porém, a revolta de moradores de 17 bairros e 10 comunidades rurais de Manaus revelam que o cenário não é o mesmo que havia sido desenhado.


 


 


Dezenas de moradores do bairro São Jorge realizaram, ontem (18), um protesto exigindo contrapartidas do poder público aos prejuízos e danos causado pelos igarapés que cortam o bairro.


 


 


Os manifestantes interromperam o trânsito nos dois sentidos da Av. Constantino Nery pela parte da manhã e, em seguida, se dirigiram para o Palácio da Justiça, localizado na Av. 7 de setembro.


 


 


Eles alegavam que as águas contaminadas dos igarapés já adentraram suas casas e, por conta disso, várias pessoas estão contaminadas com doenças infecciosas.



 


De Manaus,


Anderson Bahia


 


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