Elza Monnerat vira nome de rua no Rio
A militante do PCdoB Elza Monnerat – falecida em 11 de agosto de 2004 – foi homenageada nesta quarta-feira (17). Pela importância da sua militância política, Elza será, a partir de agora, nome de rua em Guaratiba, Zona Oeste da cidade do Rio.
Publicado 19/06/2009 16:51
Para a presidente do PCdoB/RJ, Ana Rocha, “é uma justa homenagem para Elza, que sempre foi uma lutadora das causas democráticas. Elza teve uma presença marcante para o povo do Rio, atuou nas campanhas em defesa do petróleo, pela anistia e a redemocratização do País. Seja na Guerrilha do Araguaia ou nas ruas do Rio de Janeiro, Elza nunca arriou a bandeira da democracia e em defesa do povo”.
O decreto foi assinado no dia 16 e publicado no Diário Oficial da cidade do Rio no dia seguinte. “Art. 1.º Fica reconhecido como logradouro público da Cidade do Rio de Janeiro, de acordo com o Decreto 5625, de 27 de dezembro de 1985, com denominação oficial aprovada de Rua Elza Monnerat (militante política), o logradouro antes conhecido como Rua Mario Mesquita, que começa na Rua Góes e Vasconcelos, lado par, 200m depois da Estrada do Marmeleiro, e termina com 227m de extensão”.
Militante comunista e autêntica revolucionária
Falecida com 91 anos de idade, Elza Monnerat foi por mais de meio século uma abnegada militante e dirigente comunista. Nasceu e viveu até o início da juventude na região serrana do Rio de Janeiro, no município de Sapucaia.
No início dos anos 1930, mudou-se para Niterói. Estudou e se tornou professora primária. Tempos depois, em 1939, por concurso, passou a ser funcionária pública.
Em 1942, participou no Rio de Janeiro das jornadas contra o nazifacismo e a Ditadura Vargas.
Em 18 de abril de 1945, se filia ao Partido Comunista do Brasil. Em fevereiro de 1962 participou da Conferência Extraordinária que garantiu ao Partido Comunista do Brasil sua continuidade na trilha revolucionária. Nesta Conferência foi eleita para o Comitê Central e passou a atuar com João Amazonas, Maurício Grabois, Pedro Pomar, Carlos Danielli, entre outras destacadas lideranças comunistas.
Após o golpe militar de 64, Elza passou a organizar a Guerrilha do Araguaia, onde se chamava Dona Maria, sendo uma das primeiras a chegar no sul do Pará. Elza ajudou a escolher a área que seria o cenário do conflito e foi uma das responsáveis pelo deslocamento dos militantes das cidades à região do Araguaia.