Parlamentares defendem união na América Latina e Caribe
Articulação mais permanente entre as parlamentares da América Latina e Caribe foi uma das conclusões do Encontro de Mulheres Parlamentares: “Por uma agenda política para a Igualdade de Gênero na América Latina e Caribe”, que aconteceu, esta semana, em
Publicado 19/06/2009 14:14
Antes de desfazer as malas, em que traz o documento final do encontro, a coordenadora da bancada feminina na Câmara, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), fez avaliação da reunião entre 15 países e 60 deputadas e senadoras, na qual o Brasil participou com as deputadas Manuela d´Ávila (PCdoB-RS), Sandra Rosado (PSB-RN) e a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT).
O encontro discutiu, em grupos específicos, as mulheres como protagonistas-chave do desenvolvimento frente à crise econômica, o fortalecimento da participação política das mulheres na América Latina e Caribe e o desenvolvimento de uma agenda de gênero nos parlamentos da região.
Ao final dos debates, foi elaborado um documento que define parâmetros e metas para aumentar número de mulheres nos parlamentos e medidas anticrise, que facilitem e protejam o trabalho da mulher.
Prestação de contas
O encontro contou ainda com a participação de 20 parlamentares espanholas, que debateram os desafios de suas funções e analisaram seus papeis como articuladoras fundamentais na construção de uma agenda de gênero com as colegas latinoamericanas e caribenhas.
A vice-presidenta do governo da Espanha, María Teresa Fernández de la Vega, disse, na abertura do evento, que “hoje nós mulheres somos parte da política, somos um elemento central dela, e seguimos reivindicando o espaço público que sempre deveríamos ter ocupado.”
O encontro ocorreu na Espanha para atender a determinação da entidade de que a sede deve ser a do país de origem da diretora executiva do UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), promotora do evento.
A espanhola Inés Alberdi, que dirige a entidade, avalia que “é necessária a prestação de contas às mulheres para que elas possam encontrar respostas da parte de quem ocupa cargos de decisão tanto nacionais como internacionais.” Segundo ela ainda, isso vai permitir que “as políticas relacionadas aos direitos das mulheres não sejam uma retórica vazia.”
De Brasília
Márcia Xavier
Com informações da UNIFEM