Cúpula da Alba incorpora Equador e ilhas caribenhas
A Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba) realiza, nesta quarta-feira, sua VI Cúpula Extraordinária, na Venezuela, com o objetivo de finalizar a incorporação do Equador e das ilhas caribenhas São Vicente e Granadinas e Antígua e Barbuda ao grupo.
Publicado 24/06/2009 11:59
Os atuais membros do bloco são Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Honduras e Dominica. O Equador se manteve até agora como observador do bloco, mas o presidente Rafael Correa decidiu incorporar o país, pois, segundo ele, a Alba é um espaço de “coordenação política” nos fóruns internacionais.
“A Alba serve para coordenar vozes nos fóruns internacionais dos países que estão decididos a tentar mudar esta ordem internacional tão injusta”, assegurou Correa.
Por sua vez, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, destacou no domingo que a Alba continua a crescer e se “fortalece” com o ingresso dos novos países, que se unem à “batalha pela unidade fraterna de nossos povos”.
“A Alba é o núcleo mais forte de construção de um novo projeto alternativo”, sustentou.
Dentro do bloco, a principal bandeira de Correa deverá ser a criação de uma moeda comum, já batizada de sucre, em homenagem a Antonio José de Sucre (1795-1830), herói da independência da América espanhola.
Inicialmente, a proposta de Correa é lançar o sucre como sistema de compensação
para o pagamento de importações e exportações. A Venezuela tem dito que a moeda levará de 5 a 8 anos para ser criada.
“É um espaço de integração que, além de complementar a infraestrutura física, compartilhar projetos energéticos, construir uma nova arquitetura financeira, estabelecer esquemas de comércio justo e solidário, nos permite planificar o desenvolvimento social de forma conjunta e promover nos tribunais regionais para a solução de controvérsias que nos afetam”, justificou o chanceler equatoriano, Fander Falconi.
Entre os presentes na cúpula estarão Correa e os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Nicarágua, Daniel Ortega; os primeiros-ministros da Dominica, Roosevelt Skerrit; de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves; e de Antígua e Barbuda, Winston Baldwin Spencer.
Também participarão os chanceleres de Honduras, Patrícia Rosas, de Granada, Peter David, e do Paraguai, Héctor Lacognata – estes dois últimos como observadores.
Uma delegação cubana liderada pelo vice-presidente do Conselho de Ministros, Ricardo Cabrisas, se encontra na Venezuela desde segunda-feira.
A Alba foi criada em 2004 por Cuba e Venezuela como um mecanismo de integração oposto à Área de Livre Comércio das Américas (Alca), impulsionada pelos Estados Unidos.
Com Ansa e Folha de S.Paulo