Deputados brasileiros apelam por liberdade dos cubanos

A carta, que se soma aos apelos feitos pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação, pela Confederação Geral dos Trabalhadores Intersindical Nacional (CGTP-IN); pelo presidente do Parlamento Cubano e o povo cubano, também solicita a intervenção das duas autoridades junto a Corte para reconsiderar o recurso em favor dos cinco cubanos.

Os cubanos Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramón Labanino e René González, foram presos e condenados desde 1998 após denunciarem às autoridades norte-americanas planos terroristas de grupos de extrema-direita no Sul da Flórida contra Cuba. 

Julgamento irregular

Depois de 17 meses de confinamento em solitárias, foram submetidos a um julgamento considerado pelos próprios norte-americanos “repletos de irregularidades”. De acordo com as sentenças, Gerardo cumpre dupla prisão perpétua e quinze anos de prisão, Ramón e Antonio, prisão perpétua, mais 18 anos para o primeiro e dez para o segundo. Fernando foi condenado há 19 anos e Renê, a 15.

“Lamentamos que esta Suprema Corte dos Estados Unidos prenda e condene, por razões políticas, antiterroristas cubanos e liberte terroristas confessos como Posada Carriles, que vivem nos Estados Unidos e atuam livremente contra Cuba”, diz a carta enviada às autoridades estadunidenses.

Em discurso no plenário da Câmara, esta semana, a deputada Vanessa Grazziontin, presidenta do Grupo Parlamentar Brasil-Cuba, anunciou o envio da correspondência, destacando que “a Corte americana desconsiderou apelos e petições de Prêmios Nobel, organizações de juristas norte-americanos e internacionais, centenas de parlamentares do mundo, destacadas personalidades políticas, acadêmicas, numerosas organizações sociais, e muitos sindicalistas de todos os continentes do mundo favoráveis à libertação desses cinco jovens cubanos.”

De Brasília
Márcia Xavier