Hino ao 2 de Julho pode se tornar o oficial da Bahia

Pelo segundo ano consecutivo, Cachoeira, a 110 quilômetros de Salvador, no Recôncavo, foi sede do governo baiano. A transferência prevista na Lei 10.695/07 determina que todos os anos, no dia 25 de junho, a sede do governo seja instalada no município que

Composto por Ladislau dos Santos Titara (com música de José dos Santos Barreto), o hino faz menção as principais batalhas que tiveram como protagonistas o povo baiano, além de proclamar a liberdade e a democracia. O argumento fica explícito no trecho: “… com tiranos, não combinam brasileiros corações”.


 


Além disso, o feriado do 2 de Julho, hoje apenas municipal, deve ser reconhecido como marco para a Independência do Brasil e se tornar um feriado Nacional. “A data representa o ato inaugural da conquista de um Brasil Independente”, disse o historiador Ubiratan Castro, presidente da Fundação Pedro Calmon, da Secretaria Estadual da Cultura. A deputada Alice Portugal tem projeto sobre o tema na Cãmara Federal.


 


“Precisamos contar a história do Brasil como ela de fato aconteceu. O 2 de Julho é uma data importante para a independência do Brasil e precisa ser reconhecida como tal. Estou solicitando isto para a história permanecer e ser repassada corretamente”, explicou Wagner.


 


Moradora da Cidade há 64 anos, D. Dalva Cruz, que esteve presente no primeiro ano do evento, marcou presença mais uma vez e se sente honrada pela homenagem. “A minha cidade faz parte da história da Bahia. Como moradora daqui, eu me sinto lisonjeada com o reconhecimento da nossa data magna. Enfim, um governo soube reconhecer a importância do Recôncavo baiano”, falou.


 


Após inaugurar uma exposição fotográfica e a restauração da estrada São Félix-Maragojipe, o governador instalou o governo no Centro de Convenções do Convento do Carmo, onde assinou diversos atos, participou de um almoço e, à tarde, de uma sessão solene na Câmara Municipal e do desfile cívico, encerrando as comemorações.


 


Irmandade da Boa Morte, patrimônio imaterial


Além disso, a festa da Irmandade da Boa Morte pode ser tombada como patrimônio Imaterial da Bahia. A notificação pública foi assinada pelo governador Jaques Wagner e será publicada no Diário Oficial do Estado e em jornais de grande circulação. O tombamento permite uma maior proteção a esses acervos culturais. De acordo com o diretor do Ipac, Frederico Mendonça, o registro será um ótimo benefício. “Com isso a tradição vai ter prioridade em linhas de financiamento para preservar a tradição”, afirmou.


 


A provedora da Irmandade da Boa Morte, Joselita Sampaio, aprovou o reconhecimento. “Eu acho importante. Chegou tudo no tempo determinado e já estava na hora desta tradição ser reconhecida”, falou.


 


Mas, para que de fato, a festa seja reconhecida como Patrimônio Imaterial, toda a tradição precisa ser documentada. “Vídeos, fotos e depoimentos das senhoras que participam da festa vão ser recolhidos. A partir daí, serão encaminhados para o Conselho Estadual de Cultura (CEC). Depois disto o processo segue para apreciação do governador e, finalmente, para a publicação no Diário Oficial”, informou o secretário da Cultura, Márcio Meirelles.


 


Segundo o Ministro da Cultura, Juca Ferreira, “as manifestações culturais tradicionais, como a Boa Morte, devem ser valorizadas. Toda esta revalorização de cachoeira, como a recuperação dos imóveis e tudo que está beneficiando a região é fundamental para reconhecer a importância do local. É uma forma de ajudar a reviver o marco”.


 


Da redação local com Agecom BA