Lula Morais comenta identificação de ex-militante do PCdoB

O deputado Lula Morais (PCdoB) ressaltou, na manhã desta quarta-feira (08/07), que ontem (07/07), por meio de um exame de DNA, foi identificada a ossada do guerrilheiro cearense Bergson Gurjão, executado na Guerrilha do Araguaia, em 1972, aos 25 anos. “Ag

Lula ressaltou que, como Bergson, outros guerrilheiros foram perseguidos pela ditadura como Jana Barroso, Antônio Teodoro de Castro e Gustavo Saraiva. “Eles foram para a região do Araguaia. Ficaram impossibilitados de viver na cidade, foram perseguidos e não tinham como sobreviver”, comentou.


 


O parlamentar comunista lembrou da coragem e ousadia do guerrilheiro cearense. “Ele não media esforços, não temia a nada. Numa determinada passeata, numa manifestação estudantil, em 1968, na praça José de Alencar, ele viu que um coquetel molotov ia estourar debaixo de um carro de um cidadão que ele não sabia quem era. Mesmo assim, ele retirou o coquetel debaixo do carro, porque sabia que ele ia destrui-lo”, contou.


 


“Mas ele foi atingido brutalmente por uma bala. Ficou alguns meses no hospital para se recuperar, mas logo foi perseguido e foi deslocado pelo PCdoB para se integrar a uma turma de outros 69 jovens idealistas, para lutarem contra a ditadura”, observou.


 


Lula disse, ainda, que Bergson Farias foi “abatido pelo Exército quando estava no Araguaia, ao ser denunciado por um camponês”. “Ele ainda chegou a atingir um capitão nesse confronto. Chegou a libertar seu grupo, mas foi abatido. Depois, teve seu corpo pendurado numa árvore, na cidade de Xambioá. Lá, seu corpo, perfurado e, com diversas lesões de baionetas, foi mostrado publicamente”, disse. O deputado se solidarizou, ainda, com a mãe de Bergson Gurjão, dona Luíza Gurjão, que hoje está com 94 anos, e com toda a família do guerrilheiro que há anos lutavam para encontrar seus restos mortais.


 


Em aparte, o deputado Artur Bruno (PT) disse que o “resgate histórico feito por Lula Morais foi muito importante, porque destacou a figura de Bergson, uma das maiores lideranças estudantis da década de 60”. Bruno ressaltou que o Begson dedicou sua vida à luta contra a ditadura. “Por isso, ele também merece ser homenageado”, afirmou, se solidarizando com a família de Gurjão.



Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da AL