Vídeo produzido pelo PCdoB homenageia Tereza Costa Rêgo
No dia 8 de maio deste ano, o PCdoB juntamente com familiares e amigos se reuniram para homenagear os 80 anos de vida de uma das maiores artistas plásticas do Brasil. Sua contemporaneidade foi destacada na exibição de um vídeo editado pelo PCdoB em tributo a artista. Em pouco mais de 12 minutos, a peça em audiovisual trouxe entrevistas com amigos e admiradores que Tereza cativou durante sua longa estrada.
Publicado 14/08/2009 17:33 | Editado 04/03/2020 16:58
Confira no vídeo como Tereza Costa Rego é querida pelos amigos através dos endereços: http://www.youtube.com/watch?v=mR4ns2VgSro,
http://www.youtube.com/watch?v=bBJY61Z85qw e http://www.youtube.com/watch?v=zzSzFuygc40.
Todo artista tem uma história
Tereza Costa Rêgo começou a pintar quando ainda era criança, logo depois ingressou na Escola de Belas Artes aos 15 anos. Ficou casada por 14 anos e teve duas filhas. Durante este período, começou a trabalhar melhor sua relação com o pincel e ganhou três prêmios do Museu do Estado e outro da Sociedade de Arte Moderna. Em 1962, realizou a primeira grande exposição, na Editora Nacional.
Nasceu em Recife, mas se apaixonou por Olinda, sua fonte de inspiração. Mulher experiente e de fibra, surpreendeu sua família quando foi em busca dos seus objetivos e um novo estilo de vida. A arte espelhou sua própria realidade que sempre foi expressa de forma crítica e com muita personalidade.
Por motivos políticos, viveu em São Paulo na clandestinidade até 1969. Durante este tempo se formou em História, na USP. Depois passou a dar aulas de História para vestibulandos e a trabalhar como paisagista em um escritório de planejamento. Tereza Costa Rêgo suportou momentos históricos bem complicados, por isso, teve que habitar em Paris durante seis anos com seu companheiro, Diógenes Arruda, por quem havia se apaixonado perdidamente e modificado toda sua vida. Ele era um dos principais dirigentes do Partido Comunista em 1962 sendo preso, torturado e exilado do Brasil. Diante deste contexto conturbado, Tereza procurou se entregar a arte, passou algum tempo assinando os quadros com outro nome, Joana, mas em nenhum momento deixou de pintar.
A volta ao Brasil, em 1979, trouxe muitas tristezas para a artista. Apesar de ter novas esperanças, foi surpreendida pela morte do seu amado. A partir daí ela firmou-se como artista plástica de destaque em Pernambuco. Passou a morar em Olinda, onde até hoje pinta e reside. Fez mestrado em História na UFPE e começou a trabalhar na Prefeitura de Olinda. Foi diretora do Museu Regional e, por 12 anos, do Museu do Estado. Fez várias exposições, no Estado e fora dele, seu foco sempre foi manifestar criticamente suas idéias.
Do Recife,
Elaine de Paula.