Fórum de São Paulo discutirá sobre Honduras
O XV Encontro do Fórum de São Paulo começa nesta quinta-feira, no México, sob o lema da alternativa da esquerda latino-americana frente à crise capitalista. A previsão é de que o conflito em Honduras seja centro dos debates, bem como as iniciativas dos países do continente para exigir a restituição do presidente legítimo desse país, Manuel Zelaya.
Publicado 20/08/2009 16:25
Segundo a vice-presidenta do Senado, Yeidckol Polenvsky, este evento, que se estenderá até 23 de agosto, será decisivo para analisar, de todos os seus ângulos, o golpe militar perpetrado no final de junho passado.
"Buscamos promover a iniciativa de que as vozes do continente se unam em um livro para divulgar todos os detalhes deste acontecimento, bem como as premissas que levaram ao seqüestro de Zelaya pelas forças militares e de ultra direita", precisou a senadora.
Para o evento, a mexicana convidou a participar a hondurenha Silvia Ayala, deputada do partido Unificação Democrática, que encabeça as marchas pacíficas em San Pedro Sula, na nação centroamericana.
Há alguns dias, Polenvsky anunciou a apresentação de um ponto conjunto entre os legisladores da região, de denúncia diante dos tribunais internacionais para exigir justiça contra os golpistas do governo de fato em Honduras.
O Fórum de São Paulo é um encontro de organizações políticas das esquerdas latino-americanas, fundado pelo PT do Brasil, em São Paulo, no ano de 1990.
De acordo com seus fundadores, foi constituído para conjugar esforços dos partidos e movimentos de esquerda, bem como debater sobre o palco internacional após a queda do Muro de Berlim. Também, para discutir a respeito das conseqüências do neoliberalismo nos países da América Latina e Caribe.
Na atividade que se inicia hoje, estão previstos encontros simultâneos entre parlamentares, autoridades estatais, municipais e nacionais, representantes de fundações e escolas de quadros dos países participantes. Uma delegação do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), encabeçada pelo secretário de Relações Internacionais do PCdoB – José Reinaldo Carvalho -, está presente no evento.
Com Prensa Latina