'Hasta la victoria, siempre' : o comadante Che Guevara

O século 20 não teria sido o mesmo se não tivesse existido um médico argentino chamado Ernesto Guevara, carinhosamente chamado de “Che”.

Fez os jovens de todo o mundo acreditarem que na vida tudo era possível de ser realizado, embora exigisse certo sacrifício.

E que valia apena lutar por um sonho e pelo que se realmente acreditava. Pouco importava para ele se todos achassem que esse sonho era impossível ou que não passasse de loucura, Che dizia que: “Muitos me chamarão de aventureiro, e o sou. Só que de um tipo diferente, dos que arrisca a pele para defender suas verdades”.

Juntamente com Fidel Castro fizeram a Revolução em Cuba, não só venceu o regime corrupto de Fugêncio Batista, que fazia de Cuba um prostíbulo para os Estados Unidos, mas convenceram os céticos do mundo que: “Toda Luta é valida, quando se tem um objetivo”. O homem que nos intervalos das batalhas ordenava que seus soldados estudassem e aprendessem a ler e escrever sendo ele mesmo o professor, deixou a mais importante lição: “Um povo que não sabe ler nem escrever é fácil de ser enganado”.

Ao ser executado pelo exército boliviano em 1967, Guevara já deixara algum tempo de ser somente um homem e passava a ser um Comandante de Lutas em defesa da liberdade e da soberania dos povos da América latina. Naquele momento, seu espírito lutador já se espalhara aos quatro cantos do mundo. Como um Cristo sacrificado em nome de uma justiça social que ele acreditava ser possível por meio do socialismo.

Hoje 09 de Outubro de 2009, 42 anos após sua morte física, uma frase que se tornou síntese de sua vida e da luta que empreendeu permanece mais viva que nunca: “Hay que endurecerse pero sin perder La ternura jamás”. Para o companheiro Che era preciso, sim, lutar, torna-se forte, duro, para reduzir as injustiças e o sofrimento dos mais pobres. Mas era necessário também que se preservasse a qualquer preço a ternura, a dignidade, a humanidade e o respeito a si mesmo e ao próximo.

Numa oportunidade, disse que “O verdadeiro revolucionário é movido por grandes sentimentos de amor”. Não por acaso, seu rosto enigmático continua a marcar presença nos mais diferentes e distantes lugares. Porque para Che Guevara “Os sonhos nunca devem envelhecer, senão nada mais terá sentido”.

Comandante Che Guevara teve uma vida de ternura e de amor, tão forte quanto foram os sonhos que ensinou o mundo a ter.

 

Por Marco 'Che' Gomes
Presidente da UBES