Câmara vai discutir implantação do Toque de Recolher em Fortaleza

A Frente Parlamentar da Mulher, Criança e Adolescente quer retomar `às visitas aos órgãos municipais e estaduais, além de iniciar uma discussão sobre a proposta de toque de recolher em Fortaleza. Foi o que anunciou na última sexta-feira (25), a vereadora Eliana Gomes (PCdoB) – presidente da Frente na Câmara Municipal. Os membros da Frente Parlamentar, segundo ela, estão sendo convocados para reunião, na manhã desta segunda-feira, 28, na sede do Legislativo Municipal.

Eliana Gomes lembrou que a Frente já visitou o Juizado da Mulher, a Delegacia da Mulher e, agora, quer planejar uma visita à Coordenadoria da Mulher para saber quais são as políticas que estão sendo traçadas para as mulheres de Fortaleza. A vereadora adiantou também que será marcada a data de uma outra visita às obras de construção do Hospital da Mulher, no Jóquei Clube. O Centro de Referência do Estado e outros equipamentos que estão trabalhando com a temática da violência contra a mulher estão na mira da Frente.

Uma outra discussão, acrescentou a vereadora, deverá ser o toque de recolher para crianças e adolescentes de Fortaleza. Ela salientou que não há uma opinião definida pela Frente. Ela observou, porém, ser contra a medida por considerar que não será dessa forma, prendendo as crianças e adolescentes em casa, que o Poder Público vai resolver as questões de criminalidade. “É preciso encontrar uma forma de investir mais nas políticas públicas”, frisou.

O juiz de Direito da comarca de Eusébio, Eli Gonçalves Júnior, decidiu-se pelo toque de recolher no município. Eliana Gomes enfatizou que a decisão não resolverá o problema. A responsabilidade de traçar políticas públicas, através da cultura, esporte, lazer, profissionalização e educação é dever do Estado. “Colocar os nossos jovens numa situação de opressão, creio, isso é retrocesso”, ressaltou. Ela não admite que nenhum município da Região Metropolitana de Fortaleza adote o toque de recolher.

A vereadora Eliana Gomes defende uma rede de enfrentamento da violência e proteção às crianças, adolescentes e mulheres. O Judiciário, em conjunto com o Legislativo e Executivo, precisam entender que é necessário maior volume de investimentos para o setor.

Fonte: Câmara de Fortaleza