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Mostra leva Direitos Humanos à telona

As temáticas não são simples. São histórias que retratam situações difíceis relacionadas à população carcerária, mulheres, pessoas com deficiência, imigrantes e ciganos, sempre contemplando os direitos humanos e, algumas vezes, suas violações.

Assim, 16 capitais brasileiras recebem entre outubro e novembro a quarta edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, com produções (entre longas e curtas) de mais dez países do continente, entre eles Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Sob o lema “Iguais na diferença”, a mostra traz filmes de diretores renomados, como do argentino Pablo Trapero, do chileno Raúl Ruiz, do peruano Francisco Lombardi e dos brasileiros Tata Amaral, Walter Salles, Daniela Thomas e José Padilha.

A retrospectiva histórica do festival apresenta produções que vão de 1949 a 1998. Entre os destaques estão os filmes “O Realismo Socialista” (1973), do chileno Raúl Ruiz – sobre um tribunal popular que julga um operário, enquanto paralelamente é contada a história de um publicitário conservador que acredita encontrar uma solução na causa operária – e “Não Conte a Ninguém” (1998), do peruano Francisco J. Lombardi – sucesso de bilheteria sobre um rapaz homossexual que sofre preconceito em casa e acaba por fugir e se perder no mundo das drogas, até que conhece uma garota e passa a ter dúvidas sobre sua opção sexual.

Dois filmes que há tempos estão fora de circulação foram recuperados pela mostra. São eles: “Crueldade Mortal” (Luiz Paulino dos Santos, 1976) e “Também Somos Irmãos” (José Carlos Burle, 1949). O primeiro conta com a participação do ator Joffre Soares e fala de temas como o tratamento ao idoso, a tortura e a segurança pública. O segundo, considerado por muitos como a maior produção sobre a questão racial no Brasil, traz a ótima atuação de Grande Otelo.

Fonte: Opera Mundi