Mulher: vanguarda do nosso tempo

A mulher e o novo projeto nacional de desenvolvimento foi o tema da plenária realizada pelo PCdoB na última quarta-feira (14), no auditório do Sintepe.

mulher: vanguarda do nosso tempo

 O evento fez parte do processo de debates do 12º Congresso Nacional do Partido e contou como palestrante o secretário nacional de Organização do PCdoB, Walter Sorrentino. Também fizeram parte da mesa a secretária estadual de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, a secretária de Mulheres do PCdoB, Sybelle Chagas, a presidente da UBM Pernambuco, Márcia Ramos, e o vereador Luciano Siqueira.

Ao apresentar os fundamentos do novo Programa Socialista para o Brasil, que o Partido deve aprovar durante o seu Congresso em São Paulo, no mês de novembro, Sorrentino afirmou que o país conquistou, a partir da vitória do presidente Lula, condições reais e uma oportunidade histórica de dar um novo salto civilizacional. Para isso, o PCdoB propõe um conjunto de reformas avançadas para assegurar a democracia, a soberania nacional e a ampliação das conquistas sociais, em contraposição aos interesses dos imperialistas, dos latifundiários e do capital rentista. “Não tem jeito de lutar pelos interesses do povo brasileiro se não for através de um grande projeto de desenvolvimento. Desenvolvimento soberano é a grande bandeira do nosso povo”.

Na opinião de Walter Sorrentino, para garantir esse novo impulso, é preciso combater um vício da esquerda – a baixa autoestima, que permeia o pensamento de uma grande parcela da sociedade brasileira. “Nós temos que nos orgulhar do nosso povo e do nosso país. O Brasil está entre as três nações do mundo que conseguem reunir tamanho território, população e PIB. Além disso, é uma potência energética, industrial, alimentar, florestal e de biodiversidade. É uma nação nova e de um povo uno, que pode ser um paradigma para uma nova convivência, pois é tolerante, mestiço, tem trunfos poderosos. Temos todas as condições de fazer do Brasil uma grande nação”, assegurou.

O papel da mulher

Sobre a realidade enfrentada pelas mulheres, Walter Sorrentino disse acreditar que elas promoveram, nos últimos 50 anos, uma revolução social e cultural que foi deformada pelo capitalismo. “É verdade que as mulheres se emanciparam e se libertaram? É verdade. A mulher trabalha, sustenta o lar, cuida dos filhos e faz o trabalho doméstico. No fundo é ela que escora essa sociedade, mas não tem reconhecimento, salário igual e nem poder político. Isso é uma deformação”.

O Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento pretendido pelo PCdoB tem por alvo conquistar um novo marco civilizatório, que trará repercussão direta na vida das mulheres e só se realizará com a participação delas. “A luta civilizatória não é apenas pelos direitos das mulheres. Mas exige o fim de qualquer discriminação na relação entre gêneros. E essa tem que ser uma luta de toda a sociedade”.

A importância de ampliar a luta das mulheres para temas que vão além das questões de gênero também foi ressaltada pela secretária Luciana Santos. “Permeia na luta de ideias o conceito puramente sexista da luta feminina. Mas a luta política e a disputa pelos espaços de poder precisam ser vistos como a grande ferramenta de transformação da condição feminina”.

A ex-prefeita e ex-deputada avalia também que o PCdoB é um partido com grande presença feminina. Dos partidos com representação no Congresso Nacional é o que tem o maior percentual de deputadas, as mulheres estão entre os quadros dirigentes partidários nos estados mais importantes da Federação e o número de mulheres militantes é cada vez maior. “É preciso capitalizar esse potencial. A mulher está no orçamento participativo, nos sindicatos, nas associações de moradores e é com essas mulheres do povo que a gente tem que dialogar e se firmar como corrente de pensamento. Precisamos ser a vanguarda do nosso tempo”.

Fonte: Site do vereador Luciano Siqueira