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Requião mostra que Mercosul melhora com entrada da Venezuela

O governador do Paraná, Roberto Requião, apresentou argumentos políticos e práticos em favor do ingresso da Venezuela no Mercosul – em debate no Senado. “O Paraná multiplicou as relações com a Venezuela por mil e quinhentos. O comércio do Paraná com a Venezuela hoje é importantíssimo. Todo mundo que comer um frango na Venezuela está comendo um frango paranaense”, disse Requião.

Expoente da ala esquerda do PMDB, Requião buscou desde o início aproximar-se da experiência antiimperialista e socializante da Venezuela de Hugo Chávez. Em contraste, a oposição demo-tucana cozinhou por três anos e meio o exame da matéria, na Câmara e principalmente no Senado.

Requião classificou como “uma tolice” parte da rejeição a entrada do país de Hugo Chávez no bloco. “Querem reeditar o isolamento de Cuba agora. No que deu o isolamento de Cuba? Deu a manutenção de Fidel Castro 40 e poucos anos no poder, a exacerbação do espírito nacionalista contra o isolamento. O isolamento não traz nenhuma vantagem para o Mercosul, para o Brasil e muito menos para a Venezuela”, disse Requião.

Carne de frango é o item mais vendido

Nesta quinta-feira (29) a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou o ingresso, por 12 votos contra cinco – um resultado surpreendentemente negativo para o antichavismo. Na semana que vem a matéria deve ser votada pelos senadores em plenário. Vencida a resistência antivenezuelana no Brasil, ficará faltando apenas a aprovação pelo Senado do Paraguai para o ingresso se efetivar (Argentina e UIruguai já aprovaram).

A balança comercial do Paraná com a Venezuela teve um saldo positivo de R$ 388,4 milhões em 2008. Foram exportados R$ 408,8 milhões de itens de bens de produção e importados R$ 20,4 milhões. De janeiro a setembro deste ano, o saldo ficou em R$ 187,1 milhões e somente em setembro, R$ 25,9 milhões.

A carne de frango figura no topo da lista dos itens exportados em 2008 com venda de R$ 185,3 milhões. Seguida de margarinas (R$ 21,8 milhões), automóveis (R$ 18 milhões), ovos (R$ 10,8 milhões), veículos de transporte (R$ 10,5 milhões), óleo de soja (R$ 9,1 milhões), tecidos (R$ 7,9 milhões) e elevadores (R$ 7,9 milhões). A uréia (R$ 18,3 milhões), usada em fertilizantes e raçõies, foi o principal item importado pelos paranaenses.

Com informações da Agência de Noticias do Estado do Paraná